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Instalação de fusão nuclear consegue formar ‘plasma’, diz instituto japonês

Um instituto no Japão afirmou ter conseguido formar um estado da matéria chamado “plasma”, que desempenha um papel fundamental nas reações de fusão nuclear. Isso pode representar um avanço para que uma fonte de energia de próxima geração seja alcançada.

O Instituto Nacional para Ciência e Tecnologia Quântica fez o anúncio na terça-feira.

A fusão nuclear ocorre dentro do núcleo do Sol. Fazer com que isso ocorra artificialmente pode levar à produção de quantidades massivas de energia.

Seria uma fonte de energia de próxima geração que não emite dióxido de carbono e não gera resíduos radioativos de alto nível.

O instituto declarou ter conseguido formar o “plasma” em uma instalação experimental de fusão nuclear em grande escala chamada JT-60SA, na província de Ibaraki, ao norte de Tóquio. A instalação foi construída em conjunto pelo Japão e pela União Europeia a um custo superior a 65 bilhões de ienes, ou cerca de 435 milhões de dólares.

A instalação tem como objetivo verificar a tecnologia que gera “plasma” de alta temperatura e pressão, o que é crucial para criar uma reação de fusão nuclear e mantê-la por um determinado período.

O Instituto Nacional para Ciência e Tecnologia Quântica disse que a instalação começou a operar plenamente em maio. Na tarde de segunda-feira, ela conseguiu formar “plasma” pela primeira vez.

Para alcançar a fusão nuclear, o “plasma” precisa atingir uma temperatura superior a 100 milhões de graus Celsius e fazer com que os núcleos colidam a velocidades de 1.000 quilômetros por segundo.

Segundo o instituto, neste momento, os cientistas só conseguem criar uma temperatura de “plasma” de 10 milhões de graus.

O instituto pretende obter a tecnologia necessária para manter o “plasma” a 100 milhões de graus Celsius por 100 segundos em cerca de cinco anos.

Diz que quer usar as informações e os conhecimentos obtidos com os experimentos para um megaprojeto científico conjunto internacional cujos participantes incluem o Japão e a União Europeia.

Também quer realizar a geração de energia de fusão nuclear, que o governo japonês pretende concretizar por volta de 2050.

FONTE: NHK PORTUGUÊS

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