Dia Mundial do Braille sublinha direitos das pessoas com deficiência visual
Neste 4 de janeiro, as Nações Unidas marcam o Dia Mundial do Braille com ações para aumentar a consciência sobre o meio de comunicação para promover os direitos humanos das pessoas com deficiência visual.
Livros e periódicos impressos são recursos que usam o tipo de representação tátil de símbolos alfabéticos e numéricos. Seis pontos compõem cada letra e número deste método de leitura que se estende a símbolos musicais, matemáticos e científicos.
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
O nome do código foi dado para homenagem o inventor, Louis Braille, que apresentou o meio de comunicação na França do Século 19. A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência destaca sua aplicação em campos que incluem educação, liberdade de expressão e de opinião, bem como o da inclusão social.
Num mundo com 1 bilhão de pessoas com deficiência, a ONU lembra as desvantagens sociais sofridas pelo grupo quanto ao acesso a áreas como cuidados de saúde, educação, emprego e participação na comunidade.
© Pnud/Lilah Gaafar
Nesta realidade, as pessoas com deficiência têm maior possibilidade de viver na pobreza, sofrerem violência, negligência e abuso ou serem as mais marginalizados em situações de crise.
Pessoas com deficiência visual vivendo em confinamento enfrentam questões como falta de independência ou isolamento, especialmente nos casos em que dependem de um toque para comunicar sobre suas necessidades e ter acesso à informação.
Risco maior de contaminação em pandemias
A ONU aponta que o Braille teve como um dos momentos mais marcantes o da pandemia. Nesse contexto, o código foi usado juntamente com outros formatos acessíveis tal como os materiais sonoros.
A organização realça que muitas pessoas com deficiência poderiam enfrentar um risco maior de contaminação devido à falta de acesso às orientações e precauções para se proteger e reduzir a propagação da pandemia.
Com informações que também foram disseminadas em Braille foi evidenciado que é preciso intensificar atividades relacionadas com a acessibilidade digital para garantir uma inclusão digital de todas as pessoas e boas práticas por uma resposta inclusiva.
O Fundo da ONU para a Infância, Unicef, produziu orientações em vários idiomas e formatos mais acessíveis, incluindo Braille, para promover maior facilidade de leitura.
A publicação Covid-19: Considerações para Crianças e Adultos com Deficiência focaliza o acesso a recursos como informação, água, saneamento e higiene, auxílio médico, educação, proteção infantil e em temas favoráveis à inclusão no meio laboral.
FONTE: ONU NEWS