Prefeito de Marília Daniel Alonso decreta situação de emergência contra a dengue e institui na cidade o Comitê Intersetorial de Combate de Enfrentamento às Doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti
Decreto nº 14.263, de 5 de fevereiro de 2024, baseado no Código Brasileiro de Desastres, autoriza o Município a tomar medidas emergenciais para contenção do avanço dos casos positivos da dengue
O prefeito de Marília, Daniel Alonso, decretou nesta terça-feira, dia 6 de fevereiro de 2024, situação emergencial contra a dengue no Município. O Decreto nº 14.263, de 5 de fevereiro de 2024, foi publicado no Diário Oficial do Município de Marília (DOMM) desta terça-feira, dia 6 de fevereiro,e autoriza a administração a realizar ações de enfrentamento. O documento tem como base o Código Brasileiro de Desastres (COBRADE) e todas as ações continuam sob fiscalização dos órgãos de controles, dentre eles o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).
“Precisamos fazer tudo o que está ao nosso alcance para salvar vidas e estamos nos preparando para caso aconteça uma situação mais grave, como tivemos no passado quando enfrentamos a pandemia de covid-19. O Ministério da Saúde já tomou várias ações para controle da dengue em todo o nosso País e estamos nos adiantando, dando um passo à frente para o enfrentamento da dengue. Estamos nas ruas fazendo o trabalho de limpeza, visita nas casas e, em breve, faremos a nebulização. É muito importante que o morador deixe os agentes entrarem e contribuam no combate ao mosquito”, afirmou o prefeito de Marília, Daniel Alonso.
O Decreto do prefeito Daniel Alonso também instituiu o Comitê Municipal de Enfrentamento às Arboviroses, que são as doenças dengue, chikungunya e zika, veiculadas pelo mosquito Aedes aegypti
O grupo é formado por uma equipe altamente capacitada e intersetorial de diversas Secretarias, autarquias e órgãos, incluindo a supervisora da Vigilância Epidemiológica, Alessandra Arrigoni Mosquini, supervisora de Zoonoses, Vivian Martinelli Funai, médico veterinário supervisor da Vigilância Sanitária, Luciano Rocha Villela, enfermeira supervisora de acompanhamento do Programa Estratégia Saúde da Família, Cristiane Costa e Silva Menegucci, enfermeira supervisora do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), Luciana Caluz Carvalho Pereira, supervisora de serviços administrativos, Alessandra Lupion, secretário municipal de Limpeza Pública e Serviços Urbanos, Vanderlei Dolce, secretário municipal de Suprimentos, Cidimar Luiz Furquim e o diretor de Divulgação e Comunicação, Mauro Brito de Abreu. O Decreto tem validade de 120 dias, podendo ser prorrogado por igual período.
O combate já começou
Anunciada na semana passada, a ‘guerra’ contra o mosquito Aedes aegypti iniciou nesta segunda-feira, dia 5 de fevereiro de 2024, com a intensificação da vistoria nos imóveis da região da cidade com maior incidência dos casos positivos para a dengue. Marília passa atualmente por um aumento preocupante nos casos de dengue no comparativo das quatro primeiras semanas deste ano com o mesmo período do ano passado. Do dia 1º janeiro até o dia 5 fevereiro deste ano foram notificados 2.064 casos suspeitos (notificação consiste em toda investigação de sintomas), sendo confirmados até o momento 635 casos positivos.
De acordo com as informações da supervisora da Vigilância Ambiental, Vivian Martinelli Funai, diariamente são realizadas 2.500 avaliações em residências e comércios da cidade. E por conta de uma maior incidência dos registros de dengue na região Norte da cidade, foi ampliado o número de agentes de combate às endemias para a tarefa nos bairros Castelo Branco e Palmital, que estão sob a abrangência da Unidade de Saúde da Família (USF) JK.
“Os agentes comunitários fazem a pesquisa nos imóveis e aplicam larvicidas em recipientes e ralos que podem se tornar focos do mosquito. Também vão notificar o morador para regularizar locais que podem ser criadouros do mosquito, como sujeira e piscinas, caixas d’água destampadas e sem manutenção. É importante ressaltar que o supervisor de saúde é uma autoridade sanitária e pode aplicar multa de R$ 500 a R$ 5 mil”, explicou a supervisora Vivian Martinelli Funai.
Inicialmente, 80 quarteirões foram priorizados entre os dois setores citados, com o reforço de 15 agentes de controle de endemias. A região ganhará um reforço na limpeza urbana a partir desta terça-feira, dia 6, preparando os imóveis para receber a nebulização, posteriormente à limpeza, já nos próximos dias.
Em caso de sintomas da dengue, como febre alta (acima de 39º), acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, procure a unidade de saúde de seu bairro ou a mais próxima de sua casa. Jamais tome remédios ou medicamentos por conta própria. Em Marília o cidadão pode procurar atendimento em uma Unidade de Saúde da Família (USF), Unidade Básica de Saúde (UBS) (52 estabelecimentos ao todo), Pronto-Atendimento (PA), zona Sul, e Unidade de Pronto-Atendimento da zona Norte (UPA Norte). A unidade de saúde do Nova Marília funciona em horário ampliado, das 17h às 22 horas.