Motoristas reclamam de mureta metálica colocada pela Eixo-SP no trecho de Nóbrega
Equipamento de segurança colocado no trecho que já foi batizado de “Trevo da Morte” por causa do grande número de acidentes fatais não inspira confiança por quem passa pelo local
Uma das principais expectativas da população de Marília com a obra de duplicação da SP-294, entre Marília e Oriente, passando pelo Distrito de Nóbrega, a colocação de muretas centrais na pista para se evitar os acidentes está frustrando e indignando os motoristas que trafegam no local. A Eixo-SP, que desde 2022 vem realizando a obra de duplicação enfim começou a colocar o equipamento, porém decidiu não utilizar a mureta de concreto, mais resistente e segura, mas sim a metálica, que mais parece uma cerca frágil.
A benfeitoria foi divulgada na época do lançamento da obra como uma das principais melhorias do trecho, pois impediria de vez o cruzamento de veículos e garantiria que em um acidente o veículo não cruzasse a pista contrária, provocando ainda mais estragos.
A preocupação com a segurança é compreensível, especialmente para aqueles que enfrentam diariamente os desafios de obras rodoviárias. Para um motorista que há dois anos lida com os transtornos causados pela obra e depende do trecho rodoviário para se deslocar entre casa e trabalho, a falta de confiança no dispositivo de segurança, como a mureta, é evidente. A sensação de insegurança pode ser agravada pela experiência prolongada de lidar com os inconvenientes da obra, levando a questionamentos sobre a eficácia das medidas de proteção adotadas.
“Diferente do concreto, o metal enverga, sem dizer que todas as outras pistas que circundam a cidade tem mureta de concreto, porque somente nesse trecho de Nóbrega foi colocado essa proteção de metal”, declarou ele, que prefere não se identificar.
Segundo estudos técnicos, a vantagem da mureta de concreto, que não enverga, reduz mais as chances de um veículo ultrapassar a mureta e invadir a pista contrária. Já a de metal, dependendo da espessura, não consegue segurar o veículo.
Em rodovias de tráfego intenso e contínuo, por exemplo, a barreira de concreto no canteiro central será preferível, pois exigirá menor trabalho para conservação, além de exigir menor largura de faixa na implantação.
A única vantagem da mureta de metal é a facilidade e agilidade da obra e seu menor custo. A obra, prometida pela Eixo-SP para acabar esse ano teria custo de R$ 140 milhões.
FONTE: JC MARÍLIA