AGU pede que X, TikTok e Kwai retirem do ar desinformação sobre RS
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu nesta quarta-feira (15) às plataformas X (antigo Twitter), TikTok e Kwai a retirada de postagens com desinformação sobre a entrega de alimentos para a população afetada pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
No pedido, a AGU pede que as postagens sejam removidas no prazo de 24 horas. A medida tem caráter extrajudicial, ou seja, foi feita de forma direta pelo órgão, não envolvendo a Justiça.
De acordo com o órgão, as postagens contestadas afirmam que cestas básicas doadas e enviadas para o estado foram reembaladas com a logomarca do governo federal, fato que foi desmentido pelo governo e agências de checagem.
No entendimento da AGU, as postagens não condizem com a realidade e pretendem “enganar” a população sobre as ações governamentais.
“A divulgação enganosa desqualifica toda a política pública destinada a atender às pessoas em vulnerabilidade, atingidas por situações de emergência ou calamidade pública, que se encontram em situação temporária de dificuldade de acesso a alimentos, desencorajando inclusive o apoio da sociedade civil na ajuda mútua ao desabrigados no Rio Grande do Sul”, argumentou a AGU.
Até o momento, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome investiu R$ 8,4 milhões na compra e envio de 52 mil cestas de alimentos para os atingidos pela calamidade.
Em nota enviada à Agência Brasil nesta quinta-feira (16), a assessoria de imprensa do Kwai informou que a remoção dos conteúdos foi feita logo após a empresa ser notificada pela AGU.
“O Kwai reitera que continuará colaborando com as autoridades responsáveis no combate a todo e qualquer conteúdo desinformativo relacionado à tragédia que acometeu o RS, e ratifica seu compromisso em promover um ambiente digital seguro. A empresa entende que a disseminação de notícias falsas é um desafio universal para todas as plataformas de mídias sociais e encoraja os usuários a criarem e compartilharem conteúdos originais”, declarou a empresa.
FONTE: AGENCIA BRASIL