Frentistas têm reajuste de 5,42% nos salários e piso vai a R$ 1,7 mil
Frentistas de todo o Estado de São Paulo conquistaram 5,42% de reajuste salarial, após negociação com o setor patronal na Campanha Salarial 2024. Além disso, os trabalhadores em postos recebem mais 30% a título de adicional de periculosidade. Quem trabalha em caixa tem direito a 20% de adicional referente ao acúmulo de função.
O presidente do Sindipetro (Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis de Marília, Garça, Lins e Região), Fábio Gonzales Ferreira comemorou o reajuste, uma vez que o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) ficou em 3,40%. “Foi uma negociação dura, com grande resistência do setor patronal em relação às nossas demandas, mas acredito que conseguimos um bom índice para a categoria”, destacou Ferreira.
A CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) já está em vigor. A data-base é 1º de março e a diferença será paga em duas parcelas para compensar o retroativo. Negociação beneficia cerca de 100 mil trabalhadores, representados por 18 sindicatos em todo o Estado de São Paulo.
Presidente Fábio Gonzales assina convenção – Colab./Ass. de Imprensa
Presidente Fábio Gonzales assina convenção – Colab./Ass. de Imprensa
As tratativas foram conduzidas pela Fepospetro (Federação dos Frentistas) de São Paulo, com o apoio das lideranças dos 18 sindicatos da categoria. “Houve várias reuniões com o patronal, que iniciou a negociação apresentando propostas muito insatisfatórias. Mas, após oito rodadas, o saldo de conquistas é significativo” explicou Ferreira. O direito à oposição também consta na CCT 2024 dos frentistas.
Outras conquistas
Os empregados em postos obtiveram outras conquistas na CCT 2024. O tiquete refeição teve um reajuste de 5,77%. Com isso, cada funcionário tem direito a R$ 27,50 por dia trabalhado.
Aposentadoria – Houve redução no tempo de empresa a trabalhadores em vias de aposentadoria, para efeitos de garantia de emprego. O tempo de trabalho na mesma empresa caiu de cinco pra três anos. Também houve avanços no seguro de vida e no auxílio-funeral.
O valor pago em caso de morte natural ou acidental era de R$ 11 mil. Agora, quando de morte acidental, o valor sobe pra R$ 30 mil; e R$ 15 mil quando de morte for por motivo natural. O auxilio-funeral a ser pago pela empregadora passou de R$ 1 mil para R$ 5 mil.
Transporte –
Outra conquista se refere ao vale-transporte. O desconto continua em 1% do salário nominal, mas o trabalhador que utiliza transporte próprio pode optar por receber o valor total a título de auxílio-combustível.
Neste caso, ele deve fazer um pedido por escrito e entregar na empresa. O Sindipetro vai auxiliar os funcionários que precisarem fazer esse documento. Basta procurar a entidade, que será fornecido o texto padrão. “Muitos companheiros que vão ao trabalho de moto ou carro acabavam prejudicados. Agora a CCT garante.”, ressaltou o presidente do Sindipetro.
Mulher – Também foi acertado que o patronal vai respeitar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) com relação as mulheres. A partir de agora, elas devem trabalhar em domingos intercalados.