Onça-pintada e onça-parda são flagradas no Parque Nacional de Brasília
Uma onça-pintada e uma onça-parda foram registradas, em maio de 2024, por uma armadilha fotográfica instalada no Parque Nacional de Brasília (PNB). O estudo faz parte do Projeto Grandes e Médios Mamíferos do Planalto Central, que atua na pesquisa e no monitoramento da mastofauna da APA do Planalto Central, do PNB e da Reserva Biológica da Contagem desde 2019.
A onça-pintada havia sido registrada em 2021 por pesquisadores da UnB e, no início de 2024, pelo grupo Brasília É o Bicho . Trata-se de um macho adulto.
Segundo a bióloga e analista ambiental da APA do Planalto Central, Claudia Rocha-Campos, esse registro recente é importante, pois mostra a qualidade ambiental que o Parque Nacional de Brasília ainda tem como ecossistema, apesar dos impactos gerados pela ocupação humana no entorno. “O parque vem sendo impactado por diversas ameaças humanas, como os atropelamentos, a caça ilegal, incêndios florestais, o ataque de cães à fauna, mas ainda possui qualidade para abrigar uma população de onça-parda. Quanto à onça-pintada, trata-se apenas de um indivíduo, até novas descobertas”, explica Cláudia.
O objetivo da pesquisa é levantar quais são as espécies de mamíferos de médios e grande porte presentes nessas Unidades de Conservação, como é a distribuição deles nos hábitats, e gerar informações importantes para a proteção ambiental, desde os processos e estudos de criação de novas Unidades de Conservação até a expansão das existentes. Até o momento, a pesquisa registrou 37 espécies de grandes e médios mamíferos, sendo que 15 estão ameaçadas de extinção.
Segundo o Sistema de Avaliação de Risco Extinção da Biodiversidade – SALVE, a onça-pintada está distribuída em quase todos os biomas, com exceção do Pampa, onde foi extinta. A atividade agrícola é uma das principais causas do seu desaparecimento na natureza.
A onça-parda ocorre desde a região da América Central até a América do Sul, podendo ocupar áreas abertas. As principais causas da ameaça à espécie são: expansão agrícola, mineração e exploração de madeira e carvão e a caça.
Ações feitas pelo Instituto Chico Mendes e outras organizações ambientais são essenciais para a conservação não só da onça-pintada, mas também de outras espécies que estão ameaçadas de extinção e em situação de vulnerabilidade.
O cartaz abaixo, desenvolvido pelo Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), ilustra 24 espécies de mamíferos existentes no DF. Todas foram registradas pelo Projeto desenvolvido pela APA do Planalto Central, exceto Mazama americana (veado-mateiro). Por outro lado, registrou 14 espécies a mais.
Com informações do Parque Nacional de Brasília
Por ICMBio