Construção de casas em assentamentos tem investimento de R$ 19,5 milhões em Roraima
Aos 62 anos, Dalva Conceição, uma agricultora de Roraima, vive com sua família em uma casa simples no assentamento Nova Amazônia I, na zona rural de Boa Vista. Esta realidade está prestes a mudar significativamente graças ao Crédito Instalação, na modalidade Habitacional, executado pelo Incra. A ação visa melhorar as condições de moradia para agricultores rurais assentados.
Ela é uma das 260 famílias contempladas pelo programa, cuja primeira etapa de 2024 no estado foi oficialmente lançada na última sexta-feira (24), na área de reforma agrária onde vive. Durante a solenidade, os beneficiários selecionados assinaram os contratos de crédito, no valor de R$ 75 mil por unidade familiar, destinado à edificação das casas.
Segundo o superintendente regional do Incra em Roraima, Evangelista Siqueira, a previsão é construir 260 moradias até 2025, com um investimento total estimado em R$ 19,5 milhões. Serão 13 assentamentos atendidos com o crédito Habitacional: Alto Arraia e Renascer, no município de Bonfim; Caferana e Cupiúba, em Caracaraí; Jacamim, Pau Rainha, Tatajuba, Seringueira e União, em Cantá; Paredão, em Alto Alegre; Samaúma, em Mucajaí; e Nova Amazônia e Nova Amazônia I, em Boa Vista.
Para Siqueira, uma das grandes vantagens do crédito é o significativo subsídio oferecido pelo governo federal. Dos R$ 75 mil destinados ao valor total da casa, se o beneficiário quitar o recurso em até três anos, pagará apenas 4% do valor total – o que em valores atuais não ultrapassa R$ 3,1 mil. “Nossa expectativa é iniciar as obras em breve e levar dignidade para o homem e a mulher do campo”, acrescentou o gestor.
Garantia
Morando com seu filho, nora e netas, Dalva se sente realizada ao ver que o trabalho no lote transformou a vida de sua família. Cultivando batata-doce e outros tubérculos no local, a assentada destaca o papel essencial do programa de crédito na melhoria da qualidade de vida dos agricultores, e a perspectiva de um futuro promissor no campo.
“O governo federal, por meio do Incra, está me dando a chance de envelhecer com dignidade. Quando entrei no assentamento, meu filho era taxista na cidade e vendia o almoço para comprar a janta. Hoje, ele, a esposa e as filhas trabalham no lote. Fico feliz ao ver que a sucessão está garantida”, celebra Dalva.
Por Incra