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Inspirado na obra de Scholastique Mukasonga, ‘Nossa Senhora do Nilo’ tem exibição gratuita no Clube de Cinema de Marília, nesta quinta-feira, dia 13, às 20h

Trama, que se passa em Ruanda, na África, estará em cartaz no Pontos MIS, parceria entre Museu da Imagem e do Som, Secretaria Municipal de Cultura e Prefeitura de Marília

A Prefeitura Municipal de Marília e a Secretaria Municipal de Cultura, em parceria com o Museu da Imagem e do Som (MIS), exibem nesta quinta-feira, dia 13 de junho, às 20 horas, o filme ‘Nossa Senhora do Nilo’, uma obra cinematográfica que se passa em Ruanda, na África.

Inspirado no romance de mesmo nome (homônimo) da autora ruandesa Scholastique Muksonga, nascida em 1956 e hoje radicada na França, ‘Nossa Senhora do Nilo’ narra as trajetórias de meninas enviadas ao liceu, um colégio localizado no alto de um morro, a 2.500 metros de altura. ‘Mas a Nossa Senhora do Nilo era negra, o rosto negro, as mãos negras, os pés negros. A Nossa Senhora do Nilo era uma mulher negra, uma africana, e por que não, uma ruandesa?’, escreveu Scholastique, que sobreviveu à guerra civil em Ruanda e ao massacre no instituto de educação que, assim como no livro, também é retratado no longa.

A sessão será na Sala Municipal de Projeção do CCM ‘Emílio Pedutti Filho’, localizada no Complexo Cultural Braz Alécio, avenida Sampaio Vidal, nº 245 (piso superior). Pontos MIS é um programa de difusão audiovisual do Museu da Imagem e do Som (MIS), que tem ampla parceria com a Secretaria Municipal da Cultura de Marília, oportunizando a realização de oficinas, exibições e ações culturais.

Lançado em 2019 (o romance de Scholastique Mukasonga havia sido publicado em março de 2012), o filme tem classificação etária para 16 anos e é uma produção da Bélgica, França e Ruanda com 93 minutos de duração. Tem direção de Atiq Rahimi e é ambientado no ano de 1973. ‘Nossa Senhora do Nilo’ é um filme que busca revisitar um tema complexo e já explorado pelo cinema: as disputas entre tutsis e hutus após a independência de Ruanda, na África Oriental. Diferentemente de ‘Hotel Ruanda’ (Terry George), filme clássico sobre o tema, o longa de Rahimi se propõe a reconstruir a vida em Ruanda antes da independência proclamada por hutus.  Assim, é apresentada a realidade de Ruanda de 1973, a partir de um instituto de educação criado para mulheres da elite local ainda em um contexto de dominação colonial. A escalada de violência que levou a um dos mais aterrorizantes processos de genocídio modernos promovidos contra os tutsis é apresentado apenas de modo breve no ato final.

Nossa Senhora do Nilo é um conceituado colégio interno católico situado no alto de uma colina, onde garotas são preparadas para pertencer à elite ruandense. Com a proximidade da formatura, essas meninas, sejam elas hutu ou tutsi, compartilham o mesmo dormitório e dividem sonhos e preocupações.  Mas em todo o país, assim como dentro da escola, antagonismos profundos ecoam, mudando a vida dessas jovens — e de toda a nação — para sempre. Imagens de um simbolismo profundo fazem alusão à violência genocida que em 1994 tomaria conta de toda Ruanda.

Serviço

‘Nossa Senhora do Nilo’, em exibição no Pontos MIS
Quinta-feira, dia 13 de junho
20 horas
Sala Municipal de Projeção
Complexo Cultural ‘Braz Alécio’
Avenida Sampaio Vidal, nº 245 (piso superior)
Classificação: 16 anos

Entrada gratuita

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