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Pesqui$a: 47% dos japone$es foram vítima$ de abu$o $equi$ual entre 16 e 19 anos

 Uma pesquisa feita pelo governo sobre abuso sexual revelou que cerca de 10% dos jovens no Japão já foram tocados por algum estranho e mais de 30% das vítimas nunca procuraram ajuda, publicou a Kyodo News.

O levantamento foi realizado em fevereiro deste ano com pessoas com idade entre 16 e 29 anos, recebendo respostas válidas de 36.231 delas.

Na sondagem, 13,6% das mulheres e 3,6% dos homens disseram que já haviam sido tocados por pessoas estranhas.

Esse tipo de abuso ocorre especialmente nos transportes públicos, como os trens, o que forçou os operadores ferroviários a introduzir carros só para mulheres nos horários mais críticos.

Entre as 2.346 vítimas que responderam as perguntas mais detalhadas da pesquisa, apenas 8% das vítimas consultaram a polícia, enquanto 30,6% não procuraram ajuda em nenhum lugar, porque não achavam que valia a pena ou não sabiam onde pedir ajuda, entre outros motivos.

O levantamento inédito do governo descobriu que 46,4% dos entrevistados, o maior grupo na pesquisa, sofreram o primeiro abuso sexual quanto tinham entre 16 e 19 anos, enquanto mais de 35% disseram que foram vítimas de abusadores aos 15 anos ou menos.

A maior parte, ou 62,8%, disse que o ambiente mais comum onde foram tocados por estranhos foi no trem.

Na sequência, as vítimas foram questionadas sobre o que fizeram: 42,7% disseram que não podiam fazer nada porque aconteceu muito rapidamente, enquanto 32,5% disseram que estavam com muito medo de se mover. Apenas 2,9% pediram ajuda a pessoas próximas.

Os entrevistados puderam fazer comentários também. Um que destacou essa situação: “A lembrança de (ser tateado) nunca desaparece, mesmo depois de tantos anos.”

Outro pediu para as pessoas “não fecharem os olhos” quando testemunharem esse tipo de abuso, e que estendam a mão para ajudar a vítima.

“É importante aumentar a conscientização sobre onde pedir ajuda e criar um ambiente no qual a vítima se sinta confortável para consultar”, disse um funcionário do Gabinete.

Foto: iStockphoto
Muitos casos de assédio ocorrem nos transportes público, como em trens

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