Mar mais quente gerou calor recorde em 2023 e efeito pode se repetir neste ano
Meteorologistas afirmam que a temperatura do mar, mais quente do que o normal no norte do Japão, levou o verão passado a ter menos nuvens, resultando em um calor recorde, publicou a NHK.
A Agência Meteorológica do Japão informou que a temperatura média da superfície do mar em junho atingiu um recorde máximo para o mês.
Os meteorologistas afirmaram na quinta-feira (18) ainda que a temperatura estava 6 graus Celsius mais alta do que o normal em alguns lugares no sudeste de Hokkaido.
Eles chamam este fenômeno de “onda de calor oceânica”.
Durante um painel realizado pela Agência, foi dito que o fenômeno pode ter sido um fator por trás do calor extremo no norte do Japão no verão passado.
Mas uma equipe de estudo realizou análises mais aprofundadas. Eles disseram que é provável que a onda de calor tenha aumentado a temperatura do ar através de múltiplos fatores.
Os meteorologistas explicaram que nuvens e neblina geralmente se formam quando a atmosfera é resfriada pela água do mar. Mas dizem que a menor diferença de temperatura entre o mar e o ar resultou em menos nuvens e menos nevoeiro do que o habitual.
Como consequência, eles afirmaram que a exposição mais direta à luz solar levou a um maior aquecimento da superfície do mar.
Dados registrados em observatórios regionais sustentam a análise. O observatório de Sendai, em Miyagi, registrou nevoeiro apenas num dia do verão passado, o valor mais baixo desde que registros assim começaram em 1931.
Segundo os estudiosos, ainda, a evaporação da água do mar levou a um efeito estufa mais forte, retendo mais calor na atmosfera. Eles disseram que um mar mais quente também aqueceu diretamente o ar.
Hisashi Nakamura, membro da equipe e professor da Universidade de Tóquio, disse que uma onda de calor marinha extremamente forte continua e, sem dúvida, aumentará as temperaturas novamente neste verão no norte do Japão.
FONTE: ALTERNATIVA ON LINE