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Alimentação saudável: chave para prevenção de doenças crônicas não transmissíveis

Em 2024, a segunda edição do Guia Alimentar para a População Brasileira completa 10 anos. Para marcar a data, o Ministério da Saúde lança, nesta terça-feira (20), uma série especial de notícias que abordará diversos aspectos do documento. Desde sua primeira edição, o objetivo do guia é apoiar e incentivar práticas alimentares saudáveis que promovam o bem-estar da sociedade e ajudem na formulação de políticas públicas que permitam às pessoas colocar em prática as orientações alimentares recomendadas.

A 2ª edição do guia destaca a alimentação saudável como uma ferramenta essencial na prevenção de doenças crônicas, como diabetes hipertensão e doenças cardíacas. Essas condições estão diretamente associadas ao consumo de alimentos ultraprocessados e à oferta desequilibrada de nutrientes. Com base em evidências e recomendações práticas, o guia oferece um caminho claro para melhorar a saúde e reduzir o risco dessas doenças por meio de escolhas alimentares adequadas.

Para a coordenadora geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Kelly Poliany Alves, adotar uma alimentação saudável é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças crônicas. “O guia alimentar oferece orientações baseadas em evidências que podem ajudar a população a fazer escolhas alimentares que promovem a saúde e reduzem o risco dessas condições ”. E acrescenta: “É fundamental reduzir o consumo de alimentos ricos em gordura e adotar os alimentos in natura e minimamente processados, como cereais integrais, frutas, legumes e verduras”.

Para proteger a saúde dos brasileiros, o guia apresenta quatro recomendações principais e uma regra de ouro:

• Fazer dos alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação;

• Utilizar sal, açúcar, óleos e gorduras em pequenas quantidades;

• Limitar o consumo de alimentos processados;

• Evitar alimentos ultraprocessados;

• Regra de ouro : prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados.

O consumo excessivo de sódio e gorduras saturadas está associado a um aumento no risco de doenças cardíacas, enquanto o excesso de açúcar pode elevar a probabilidade de cáries dentárias, obesidade e outras doenças crônicas. Alimentos processados, embora preservem parte dos nutrientes do produto original, muitas vezes comprometem a qualidade nutricional devido aos ingredientes e métodos de processamento, frequentemente contendo quantidades de sal ou açúcar muito superiores às usadas na preparação caseira.

O guia também recomenda evitar alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados, salgadinhos de pacote e refrigerantes. De acordo com o documento, esses alimentos possuem uma composição nutricional desbalanceada e o consumo excessivo de calorias que contribuem para a obesidade e favorecem o desenvolvimento de doenças cardíacas, diabetes e vários tipos de câncer.

Referência desde 2006

Publicado em 2006, o Guia Alimentar para a População Brasileira, desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceria com Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP), apresentou as primeiras diretrizes alimentares oficia s para a população. Com as transformações sociais que impactaram as condições de saúde e nutrição da sociedade foi necessário atualizar as recomendações.

A segunda edição, disponível desde 2014, foi elaborada após um processo de consulta pública que envolveu um extenso debate com diversos setores da sociedade. Essa versão, de acordo com a coordenadora, permanece atual após 10 anos. “As evidências científicas mostram que os problemas de saúde que estavam presentes na época da revisão, como as doenças crônicas não transmissíveis, continuam avançando e estão diretamente relacionados à alimentação inadequada”, conclui Kelly.

Acesse o Guia Alimentar na íntegra

Simone Sampaio
Ministério da SaúdeLink: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/agosto/alimentacao-saudavel-a-chave-para-a-prevencao-de-doencas-cronicas-nao-transmissiveis

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