Santa Casa de Marília abre Setembro Verde com palestra sobre doação de órgãos
A Santa Casa de Marília abriu a campanha Setembro Verde com palestra sobre doação de órgãos, no salão de reuniões da instituição, neste dia 2 de setembro.
A coordenadora da CIHT (Comissão Intra-Hospitalar de Transplantes) da Santa Casa de Marília, Marisa Stradioto, enfatizou a importância de avisar a família sobre a vontade de ser um doador de órgãos. “Isso é muito importante para que o processo seja facilitado no momento da captação das doações”.
A enfermeira Micaele Cardoso lembrou do trabalho desenvolvido pela CIHT e o quanto a campanha é fundamental para conscientizar a população. “Me lembro de uma palestra que fizemos em uma indústria da cidade e após algum tempo, ao abordar a família de um potencial doador de órgãos, recebemos a informação de que esta pessoa teria declarado após a palestra que gostaria de doar seus órgãos, caso viesse a perder a vida”.
O provedor da Santa Casa de Marília, Norival Carneiro Rodrigues, salientou que este trabalho de multiplicação de informações faz com que as doações de órgãos sejam estimuladas. “A CIHT está de parabéns por realizar esta campanha e mostrar o quanto este gesto é fundamental para salvar outras vidas”.
Programação
Nestes dias 3 e 4 de setembro, representantes da CIHT da Santa Casa de Marília participam do III ECESP (Encontro Estadual das Comissões Intra-Hospitalares de Transplantes do Estado de São Paulo), no Centro de Convenções Rebouças, na capital paulista.
No dia 17 de setembro, às 9h e no dia 20 de setembro, às 15h, no salão de reuniões da Santa Casa de Marília, novas palestras com os públicos interno e externo, sobre “Doações e Transplantes de Órgãos”, serão realizadas pela equipe da CIHT.
No dia 27 de setembro, às 9h, Pedágio Setembro Verde, com abordagens de veículos na rua 21 de Abril (em frente ao novo prédio da Radioterapia), trazendo informações sobre as doações de órgãos e transplantes também acontece sob a coordenação da CIHT.
E encerrando a programação do Setembro Verde, no dia 28, às 9h, será promovida a “Caminhada pela Vida, na avenida das Esmeraldas”, com percurso da Praça da Emdurb até o Supermercado Confiança, levando a mensagem da importância da doação de órgãos.
Carteira de identidade e autorização eletrônica
No Brasil, a doação de órgãos depende da decisão da família. Por isso, é importante que, em vida, a pessoa faça os familiares cientes de sua decisão. Para isso, há, atualmente, duas formas: a carteira de identidade e a autorização eletrônica para doação de órgãos.
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 43 mil pessoas estão na fila de espera por um órgão. A maior parte delas, espera por um rim. São mais de 40 mil pessoas.
Desde o dia 2 de abril deste ano, quem desejar ser um doador de órgãos pode manifestar e formalizar a sua vontade por meio de um documento oficial, feito digitalmente em qualquer um dos 8.344 cartórios de notas do Brasil.
Para realizar a AEDO (Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos), o interessado preenche um formulário diretamente no site www.aedo.org.br, que é recepcionado pelo cartório de notas selecionado. Em seguida, o tabelião agenda uma videoconferência para identificar o interessado e coletar a sua manifestação de vontade. Por fim, o solicitante e o notário assinam digitalmente a AEDO, que fica disponível para consulta pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes. A plataforma está acessível 24 horas por dia, sete dias por semana, de qualquer dispositivo com acesso à internet.
Atualmente, são mais de 42 mil pessoas que aguardam na fila por um transplante de órgãos no Brasil, 500 delas, são crianças. Somente no ano passado, três mil pessoas faleceram pela falta de doação de um órgão. Pelo sistema, o cidadão poderá escolher qual órgão deseja doar – medula, intestino, rim, pulmão, fígado, córnea, coração ou todos. A maioria das pessoas na fila única nacional de transplantes aguarda a doação de um rim, seguido por fígado, coração, pulmão e pâncreas.
A outra forma de identificar um doador órgãos após a morte e a nova Carteira de Identidade, que deve constar a referida informação no verso do documento.
Para isso, a pessoa precisará informar, na hora de fazer o novo documento, que quer a inclusão desse dado. Com isso, é possível que ao consultar a sua identidade, a equipe médica saiba do desejo de doação e apresente à família antes da decisão.
O documento também contém o tipo sanguíneo (A, B ou O) e fator RH (positivo ou negativo).
Se a pessoa já se declarou doadora em sua identidade antiga, ela ainda é válida até 2032. Quem não tem essa sinalização no documento antigo e quer ser doador, pode emitir uma nova carteira.