Esportes

Com duas medalhas de ouro, atletas da AMEI contribuem com campanha histórica do Brasil em Paris.

Neste domingo (8) chegou ao fim a edição das Paralímpidas de Paris 2024, que ficou marcada como a melhor campanha do Brasilem Jogos Paralímpicos. A delegação brasileira bateu o recorde de medalhas, com 89 pódios conquistados, alcançou o maior número de ouros, com 25, e terminou pela primeira vez na sua história em quinto lugar no quadro geral de medalhas.

Além das 25 medalhas de ouro o Brasil conquistou 26 medalhas de prata e 38 de bronze.Até então, a melhor campanha do Brasil tinha sido nos Jogos de Tóquio 2021, com 22 medalhas de ouro e um total de 72 pódios, fechando na sétima posição.

A Associação Mariliense de Esportes Inclusivos – AMEI, contribuiu com essa campanha histórica, isto porque duas judocas da instituição conquistaram medalhas de ouro. Na sexta-feira (6) Alana Maldonado venceu a categoria -70kg, classe J2, a final foi contra a chinesa Yue Wang. Já na tarde de ontem (7) Rebeca Silva venceu a final contra a cubana Sheyla Hernandez, na categoria +70kg, classe J2.

Além das duas judocas, a AMEI foi representada também pelo atleta Daniel Martins que correu a final dos 400 metros rasos, classe T20, ficando em 7º lugar.

As judocas Alana Maldonado e Rebeca Silva, não residem em Marília. Alana que é atleta da AMEI desde 2014 e mora em São Paulo desde 2017. Já a Rebeca, que passou a integrar a equipe da AMEI em 2019, nasceu e mora até hoje em São Bernardo do Campo.

O gestor da AMEI, Levi Carrion explicou essa história “Esse é um assunto que ainda causa um pouco de confusão nas pessoas. Muitos pensam que elas fizeram parte um dia da AMEI e hoje não fazem mais. Conhecemos a Alana em 2014, ela cursava Educação Física na UNIMAR, ela é natural de Tupã, onde morava na época. Quando ela chegou na AMEI e identificamos que sua deficiência visual se encaixava nos padrões exigidos pelo judô paralímpico, inserimos ela na modalidade e a enviamos para o Campeonato Brasileiro lá em Campo Grande-MS, onde ela foi campeã logo na estreia.Ali sabíamos que tínhamos encontrado um talento. Após a conquista da medalha de prata na Rio 2016, a Alana tomou a decisão de se mudar para São Paulo onde teria mais condições de treinamento. Ela atualmente treina na Sociedade Esportiva Palmeiras, mas seu vínculo no esporte paralímpico é a AMEI. É só ler a convocação oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para Paris 2024 e verão o nome do clube que está lá. Já a Rebeca, chegou na AMEI em 2019. Ao ter conhecimento do trabalho que realizamos com a Alana, ela manifestou o interesse de vir para a AMEI para contar com o mesmo suporte e prontamente aceitamos. Na época ela havia sido medalhista nos Jogos Parapan Americanos de Lima (Peru). Isso mostra o crescimento do nosso trabalho, frequentemente atletas de outras cidades e estados nos procuram para integrar a nossa equipe, o que é um motivo de muito orgulho para nós. Não se surpreendam se em breve surgirem outros atletas que não residam em Marília, nossa ideia é montar uma equipe cada vez mais forte e ampliar o quadro de modalidades de trabalhamos.”

Com as duas medalhas de ouro, essa foi a melhor campanha da história da AMEI em Paralimpíadas, que até então era a do Rio 2016, com uma medalha de ouro e de prata.

Este ano a AMEI completou 21 anos de trabalho e se mudou para uma nova sede, mais ampla, avançando no projeto de ampliação do esporte paralímpico na cidade de Marília. Atualmente 300 pessoas são atendidas pelos projetos da AMEI, que são divididos em duas linhas, uma social e outra de alto rendimento, para mais informações sobre o trabalho da AMEI acesse www.ameimarilia.com.br

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