Keidanren quer tributar mais os ricos e reduzir a carga sobre os trabalhadores
O presidente da Federação Empresarial do Japão, a Keidanren, Masakazu Tokura, disse que em pouco mais de 15 anos o Japão precisará reduzir o peso dos prêmios de seguridade social sobre os trabalhadores e ainda tornar o sistema de seguro social mais justo, equitativo e sustentável.
Tokura considera o desafio de superar a queda da taxa de natalidade e o envelhecimento da população, bem como a queda populacional, e solicita o estabelecimento de uma nova organização para examinar de forma abrangente a abordagem para a carga combinada de impostos e prêmios de seguro social.
O chefe da poderosa Keidanren considera necessário reduzir os prêmios de segurança social que representam um grande fardo para os trabalhadores, noticiou a NHK.
Além disso, ele afirma que é necessário aumentar a carga do imposto sobre a renda dos ricos, enquanto controla os altos encargos das contribuições sociais sobre os trabalhadores.
Assim, diz ele, são assegurados recursos financeiros por meio de impostos para realizar uma ‘seguridade social para todas as gerações’ de forma justa, equitativa e sustentável.
Tokura salientou ainda que para promover o crescimento econômico, é essencial introduzir ao máximo as energias renováveis e depois utilizar a energia nuclear.
Com relação às economias regionais, que estão encolhendo devido ao declínio populacional, ele propõe um sistema que fortaleça a cooperação numa área mais vasta do que as prefeituras, que permita implementar as suas próprias medidas.
Na visão da Keidanren, estas reformas irão sustentar um ciclo virtuoso de crescimento e distribuição, conduzindo a um avanço econômico real de cerca de 2%.
O presidente Tokura disse: “No cerne da divisão que está se aprofundando em todo o mundo está a perpetuação e ampliação das desigualdades, e o crescimento que ignora a distribuição não é possível. Para avançar mais um passo na distribuição, além do aumento salarial, são necessárias medidas de seguridade social.”
Foto: Reprodução/NHK
FONTE: ALTERNATIVA ON LINE