Agência que apoia palestinos pede dignidade e responsabilidade na Faixa de Gaza
Unrwa destaca que é do interesse de todos proteger e promover direitos humanos mirando um futuro com mais respeito; comunidade humanitária pede maior acesso ao norte de Gaza em meio à insegurança causada por ataques de forças israelenses.
A Agência da ONU de Assistência aos Palestinos, Unrwa, chama a atenção para o sofrimento na Faixa de Gaza.
Uma publicação em rede social para marcar o Dia dos Direitos Humanos, a agência destaca que todos têm interesse nos direitos que têm sido negados aos residentes da área de conflito, que são os mesmos que se espera que protejam todas as pessoas.
Mundo onde todos possam viver com dignidade
A Unrwa ressalta que os direitos humanos universais são a melhor garantia existente de um mundo onde todos possam viver com dignidade, segurança, igualdade e liberdade.
© Unrwa
Avaliação rápida registrou pelo menos quatro vezes mais pessoas deslocadas desde maio deste ano
Em nota separada, a Organização Mundial da Saúde, OMS, anunciou na segunda-feira, a retirada de uma equipe do norte do território por razões de segurança em meio a ataques de forças israelenses que mataram 33 pessoas.
De acordo com a agência “o pânico se espalhava com deslocados, cuidadores e muitos pacientes feridos fugindo do Hospital Kamal Adwan”. Trata-se de uma das últimas ligações vitais para as pessoas no norte de Gaza.
Severas restrições de acesso
O diretor-geral Tedros Ghebreyesus pediu proteção imediata urgente das instalações de saúde. A ação com parceiros sofre severas restrições, particularmente nos esforços para acesso ao norte sitiado há mais de dois meses.
Até segunda-feira, as autoridades israelenses negaram pedidos para realizar três missões humanitárias onde se esperava levar comida e água para Jabalya, Beit Hanoun e Beit Lahiya, onde os civis precisam de apoio.
© Unrwa
Unrwa ressalta que os direitos humanos universais são a melhor garantia existente de um mundo onde todos possam viver com dignidade
Na zona sul, o Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, anunciou o retorno de mais de 80 mil pessoas ao leste de Khan Younis, nos últimos sete meses.
Destruição de infraestrutura
Uma avaliação rápida registrou pelo menos quatro vezes mais pessoas deslocadas desde maio deste ano, quando começou a operação militar israelense na área de Rafah e arredores.
Muitas delas estão vivendo em casas severamente danificadas ou abrigos improvisados que estão em risco de desabar, especialmente no inverno. Nesses locais há grave falta água devido à destruição de infraestrutura essencial.
O escritório da ONU destacou ainda que atua com outras agências humanitárias mobilizando assistência para as pessoas vivendo nessas áreas, apesar da escassez crítica de suprimentos.
FONTE:ONU NEWS