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Ministros aderem a manifesto de homens públicos pelo fim da violência contra as mulheres

Vencer o ódio contra as mulheres é semear uma sociedade com mais dignidade. A partir desta premissa, foi lançado nesta quarta-feira (18) o “Manifesto Nacional de Mobilização dos Homens Públicos pelo Fim da Violência Contra as Mulheres e Meninas”. Assinaram o documento, entre outras lideranças públicas, Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, , assinou o documento apoiando a iniciativa.

O evento que marcou o ato de comprometimento com o manifesto foi realizado no Palácio do Planalto. A assinatura integra uma iniciativa mobilizada pelo Movimento Mundial HeForShe (ElesPorElas), Ministério das Mulheres, pela ONU Mulheres e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entre outros órgãos e instituições.

O documento pretende estimular homens em cargos públicos a pactuarem ações que possam contribuir com a redução dos casos de violência contra a mulher. Durante participação no evento, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, falou sobre os esforços do Governo Federal para combater a violência de gênero e reforçou o quanto as políticas para o público feminino são prioritárias para o Executivo.

“O presidente Lula instalou o Ministério das Mulheres e o governo inteiro trabalha e trava uma luta permanente pelo fim da violência contra as mulheres e meninas. A violência, a injustiça, a selvageria contra as mulheres não são possíveis de tolerar. Não pode haver impunidade”, declarou Alckmin.

O manifesto simboliza a mobilização de homens públicos pelo Feminicídio Zero e atuação em situações de abuso e violência, a fim de promover uma cultura de respeito e igualdade em todos os espaços. O ministro Wellington Dias frisou que é fundamental a participação dos homens nesse movimento para a formação de uma ação contínua de combate às desigualdades que castigam as mulheres.

“Somos nós, homens, os grandes culpados e responsáveis por índices elevados de violência contra mulheres e meninas no Brasil e no mundo, portanto, é tão fundamental manifestarmos esse compromisso e promovermos, assim, uma real mudança. Não praticar a violência deve ser algo cultivado em cada canto, em cada família, como uma semente para plantar uma sociedade melhor para todos”, salientou o titular do MDS.

Também aderiram ao manifesto o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta; o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto; além de representantes do Poder Judiciário, parlamentares e dirigentes de estatais e de autarquias federais. A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e a representante no Brasil da ONU Mulheres, Ana Carolina Querino, participaram do encontro.

O manifesto simboliza a mobilização de homens públicos pelo Feminicídio Zero e atuação em situações de abuso e violência, promovendo uma cultura de respeito e igualdade em todos os espaços. “Nós não queremos que esse seja apenas um ato. Nós queremos que seja uma ação contínua, cotidiana, de todas as pessoas e de todos os homens. Nós estamos num grande desafio neste país que é vencer o ódio contra as mulheres. Por isso essa ação é tão importante”, destacou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, durante o evento.

Leia aqui a íntegra do manifesto.

“Nós temos dito na campanha do Feminicídio Zero que não pode ser só as mulheres. Ou nós mudamos a sociedade brasileira, ou não vamos mudar este país. Então precisamos tomar a decisão do que nós vamos fazer frente a isso que está acontecendo. É assinar um documento e pronto, acabou? Ou teremos ações cotidianas que ajudem a enfrentar esse processo e nos ajude a vencer essa guerra que está sendo colocada contra as mulheres neste país?”, Cida Gonçalves.

O objetivo é unir esforços e compromissos para ampliar a causa do combate à violência contra as mulheres e meninas. A ideia é estimular homens públicos a lançarem manifestos em todos os estados do país e pactuar ações que possam contribuir com a redução dos casos de violência. Entre as autoridades que assinaram o documento, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o presidente da Conab, Edegar Pretto, os ministros Wellington Dias (MDS) e Paulo Pimenta (Secom). Também aderiram ao manifesto representantes do Poder Judiciário, parlamentares e dirigentes de estatais e de autarquias federais.

“É muito bom ter a oportunidade de dirigir a palavra a homens, porque não são só as mulheres que sofrem com a questão dos papeis de gêneros e com as discriminações. Os homens também são afetados”, lembrou a representante interina da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino. “Os homens, em seus espaços de poder e decisão, têm a obrigação de promover os direitos das mulheres, de enfrentar a tolerância institucional pela violência contra as mulheres, porque a gente vê isso refletido nas instituições e no cotidiano”, frisou Querino.

Segundo informações do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, o Brasil registrou um estupro a cada seis minutos em 2023, sendo que 70% das vítimas são meninas menores de 14 anos e 64% dos agressores são familiares. Além disso, 1.467 mulheres foram mortas pelo fato de serem mulheres. No ranking dos cinco estados com maior índice de feminicídios estão São Paulo (221), Minas Gerais (183), Bahia (108), Rio de Janeiro (99) e Rio Grande do Sul (87).

“A luta das mulheres não é só das mulheres, é de toda a sociedade. É com educação, com conscientização que se avança. E nós, homens, temos o dever de trabalharmos para que não ocorram essas injustiças. Vamos nós, homens, nos incorporarmos nessa conscientização no sentido de fazermos justiça às mulheres”, destacou o vice-presidente.

Por meio do manifesto, os signatários declaram apoio incondicional às vítimas e se comprometem a fomentar iniciativas e ações de enfrentamento à violência, além de fortalecer organizações e políticas públicas de proteção e respeito aos diretos das mulheres e meninas.

“Se há violência, se há machismo, se há estupro, se há feminicídio, se há violência que mata as mulheres do Brasil e do mundo, ela é praticada pelos homens. Somos machistas, a sociedade é machista. Se não somos, fomos ou cometemos um ato de machismo ou poderemos cometer um ato de machismo no futuro. A partir desse reconhecimento e da vontade de mudar é que a gente pode transformar essa cultura que tanto mal faz à sociedade, especialmente para as mulheres e meninas”, admite o presidente da Conab. “Então nós precisamos agir. A masculinidade tóxica faz mal para a sociedade. Nós queremos dar um basta, nos organizar também em movimento para a gente fazer um verdadeiro cerco a homens agressores que ainda não compreenderam que o não de uma mulher é não em qualquer circunstância”, reforça Pretto.

Com informações da Conab e do MDSLink: https://www.gov.br/mulheres/pt-br/central-de-conteudos/noticias/2024/dezembro/lancado-o-manifesto-nacional-de-homens-publicos-pelo-fim-da-violencia-contra-as-mulheres

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