Mitsubishi Motors decide não entrar na aliança entre Honda e Nissan, diz jornal
A Mitsubishi Motors decidiu não participar da aliança planejada entre Honda e Nissan, optando por manter sua estrutura atual para permitir maior flexibilidade em suas decisões estratégicas, especialmente no mercado do Sudeste Asiático, onde possui uma forte presença, informou o jornal Yomiuri nesta sexta-feira (24).
Honda e Nissan estão discutindo a criação de uma nova holding conjunta. A Mitsubishi avaliou a possibilidade de se unir ao grupo, mas considerações como a manutenção de sua influência nas decisões e a preferência por flexibilidade operacional pesaram contra a integração.
Desde 2016, após o escândalo de manipulação de dados de consumo de combustível, a Nissan adquiriu 34% da Mitsubishi, atualmente reduzidos a 27%. Essa relação gerou debates sobre uma eventual aliança.
Enquanto Honda e Nissan se concentram em mercados como o dos Estados Unidos, a Mitsubishi prioriza o Sudeste Asiático. Essa diferença de foco limitou as sinergias esperadas pela Mitsubishi em uma integração.
A Mitsubishi, com um valor de mercado de aproximadamente ¥700 bilhões, é significativamente menor que Honda (¥7,9 trilhões) e Nissan (¥1,6 trilhão). Isso gerou preocupações sobre a dificuldade de influenciar decisões no âmbito da nova holding.
A Mitsubishi acredita que pode continuar colaborando com Honda e Nissan em áreas como fornecimento mútuo de veículos e desenvolvimento de tecnologias, como carros de nova geração (SDVs) e condução autônoma, sem a necessidade de uma fusão.
Mesmo sem a participação da Mitsubishi, a aliança Honda-Nissan teria uma produção global combinada de 7,35 milhões de unidades, segundo dados de 2023, posicionando-se como o terceiro maior grupo automotivo do mundo, atrás da Toyota (11,23 milhões) e da Volkswagen (9,23 milhões).
FONTE: ALTERNATIVA ON LINE
