Em 2025, diplomacia timorense quer expandir áreas de atuação na ONU
Dentre as prioridades estão desenvolvimento sustentável, crescimento econômico, finanças públicas, mudança climática e aumento do nível do mar; representante permanente nas Nações Unidas ressalta que país avançou em segurança e estabilidade e vai seguir focando em cooperação com nações de língua portuguesa.
Para Timor-Leste, uma das nações mais jovens do planeta, o ano de 2025 será marcado por uma atuação bastante ativa nas Nações Unidas.
A avaliação é do embaixador do país junto à organização, Dionísio Babo Soares. Ele falou à ONU News sobre as prioridades do Timor este ano na diplomacia internacional.
Foco em desenvolvimento sustentável e mudança climática
“O programas que estamos a preparar, principalmente na Missão, para nos próximos dois ou três anos, são começar a investir mais nas áreas de desenvolvimento sustentável, crescimento econômico, programas de debates das finanças públicas e também dar muita atenção à questão que tem a ver com a mudança climática e o “sea level rise”, a subida do nível da água do mar. E para além do desenvolvimento nas áreas que são áreas produtivas e que servem para estimular a economia de Timor, para além do petróleo”.
O embaixador explicou que logo após a restauração da independência em Timor-Leste, em 2002, a nação asiática iniciou uma missão diplomática nas Nações Unidas.
Ele afirmou que o país se empenhou em retribuir o apoio dado pela ONU durante o período de resistência à ocupação indonésia, de 1975 a 1999, e na realização de um referendo de autodeterminação, que culminou no processo de independência.
Para Babo Soares, esta fase inicial da missão foi um período para consolidar a presença timorense no cenário multilateral, contribuir com as metas da ONU e representar o país nos vários temas de trabalho da organização.
“Salto para outro nível”
“Durante esse tempo todo tivemos a oportunidade de partilhar também as nossas contribuições na área da segurança, na área política, na área de descolonização, na área de direitos humanos e também em outros assuntos que fazem parte da missão principal das Nações Unidas em termos de segurança mundial. Não tivemos muito tempo para participar nas outras atividades, principalmente na área de desenvolvimento social e econômico”.
Para o representante de Timor-Leste, em Nova Iorque, o país “saltou para outro nível” em termos de segurança interna e estabilidade regional. Ele destacou a “maturidade das instituições públicas”, o que possibilita uma atuação mais ampla na ONU.
O diplomata disse que em 2025, Timor-Leste buscará colher frutos em termos de visibilidade e credibilidade, principalmente na área do desenvolvimento econômico.
Ao se referir aos demais países lusófonos, o diplomata destaca o papel dos “irmãos falantes da língua portuguesa”, que estão espalhados em todos os continentes, no fortalecimento de laços comerciais e atração de investimentos para apoiar o crescimento do país.
FONTE: ONU NEWS