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Premiê japonês Ishiba Shigeru é interrogado no Parlamento sobre questão de vales-presentes

A questão dos vales-presentes ofertados pelo primeiro-ministro do Japão, Ishiba Shigeru, continuou a dominar a sessão do Parlamento na segunda-feira. Ele afirmou que o fato de ter dado os presentes não violava nenhuma lei.

O escândalo decorre de uma reunião realizada neste mês. Ishiba convidou quinze legisladores do situacionista Partido Liberal Democrático para uma refeição em sua residência oficial. O escritório particular de Ishiba enviou vales-presentes, cada um no valor de cerca de 675 dólares, para os escritórios dos parlamentares.

A questão é se esses presentes violam a lei de controle de fundos políticos, que proíbe doações de coisas como dinheiro ou ações para as atividades políticas de um político. Os vales-presentes se enquadram nessa lei, mas doações para atividades não políticas não são proibidas.

Ishiba afirma que o jantar em questão não tinha caráter político, e diz que os vales eram uma espécie de regalo.

Na segunda-feira, os legisladores da oposição continuaram interrogando severamente o primeiro-ministro. Koike Akira, chefe do secretariado do Partido Comunista do Japão, disse: “Se dar conselhos sobre política não é uma ʽatividade políticaʼ, significa que qualquer coisa pode ser permitida. Isso é claramente uma violação da lei de controle de fundos políticos”.

Ishiba contestou: “Não falamos sobre as políticas que o Partido Liberal Democrático promove ou sobre quem o partido deve apoiar na eleição. Então, o encontro não foi uma atividade política”.

Ishigaki Noriko, do maior partido da oposição, Partido Democrático Constitucional do Japão, perguntou: “Como o senhor, premiê Ishiba, responderá aos apelos para assumir a responsabilidade?”

Ishiba afirmou: “Embora não tenha sido errado em termos legais, do ponto de vista ético e convencional, algumas coisas não são socialmente aceitáveis. Acho que minha atitude não foi condizente com o sentimento do público em geral, e peço sinceras desculpas”.

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