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Japoneses são contra auxílio financeiro sem limite de renda, mostram pesquisas

Uma pesquisa feita pela Kyodo News no fim de semana revelou que 55,3% dos japoneses são contra a concessão de auxílios financeiros sem limite de renda, como forma de aliviar o impacto da inflação e das tarifas anunciadas pelos Estados Unidos na economia do Japão.

A medida é considerada pela coalização governista, composta pelo Partido Liberal Democrata (PLD) e seu parceiro Komeito, no Parlamento.

Tetsuo Saito, líder do Komeito, chegou a afirmar que a redução de impostos é necessária para aliviar o impacto da inflação e das tarifas nas famílias e nas empresas.

No entanto, como essa medida exige tempo para ser implementada legalmente, ele defendeu que, como solução provisória, seja feita a distribuição de auxílios financeiros o mais rápido possível. Uma das opções em discussão é um auxílio de 50 mil ienes por pessoa, sem restrição de renda.

Mas outra mídia realizou um levantamento sobre o mesmo tema, no qual 57% dos entrevistados não aprovam o plano de um auxílio financeiro, superando de longe os 20% que aprovam e os 23% que não se posicionaram sobre a medida.

Entre os que desaprovam o auxílio em dinheiro vigora a ideia de que o que se espera do governo é o “corte de impostos, não esmolas”.

Na pesquisa da Kyodo, ficou claro que 84,2% dos entrevistados esperam que as tarifas dos EUA aumentarão o custo de vida no Japão

Ainda que a maioria, 73,9%, considere a política tarifária do governo de Donald Trump injustificada, apenas 18,3% disseram que o Japão deveria impor tarifas retaliatórias.

Mas com relação a problemas domésticos, 82,7% afirmaram que a resposta do governo à alta dos preços do arroz foi insuficiente, apesar da decisão de liberar o produto de seu estoque regulador.

O aumento nos preços é resultado de uma colheita ruim no verão de 2023, que reduziu a quantidade de arroz disponível para distribuição no ano seguinte.

Apesar dos altos preços, 16,3% disseram que não diminuíram o consumo de arroz, enquanto 82,8% afirmaram que o consumo permaneceu inalterado, e 0,5% responderam que havia aumentado.

O índice de aprovação do governo do primeiro-ministro Shigeru Ishiba subiu ligeiramente para 32,6%, após cair para 27,6% na pesquisa anterior, o menor índice desde que ele assumiu o cargo em outubro do ano passado.

Foto: iStockphoto

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