O que os estrangeiros mais se frustram no Japão: falta de lixeiras
O segundo problema apontado pelos estrangeiros é a comunicação: faltam funcionários que falem inglês em restaurantes e estabelecimentos
Uma recente pesquisa conduzida pela Agência de Turismo do Japão revela que a principal frustração enfrentada por turistas estrangeiros no país é a escassez de lixeiras em espaços públicos, como estações de trem. Entre os mais de 4.000 visitantes entrevistados em cinco dos principais aeroportos japoneses — New Chitose, Narita, Haneda, Kansai e Fukuoka — 21,9% apontaram a ausência de locais para descarte de lixo como o maior incômodo durante sua estadia.
Principais frustrações de estrangeiros no Japão, segundo a pesquisa:
- Falta de lixeiras em espaços públicos (21,9%)
- Dificuldade de comunicação em inglês (15,2%)
- Superlotação em pontos turísticos (13,1%)
- Longo tempo de espera nos procedimentos de imigração
Embora esse número represente uma melhora de cerca de 8 pontos percentuais em relação ao ano anterior, muitos turistas relataram que, após não encontrarem onde jogar o lixo fora, foram obrigados a carregá-lo de volta para seus hotéis ou acomodações.
A retirada das lixeiras dos espaços públicos no Japão tem raízes em preocupações com a segurança, especialmente após ataques terroristas como o atentado com gás sarin no metrô de Tóquio em 1995 e os bombardeios em trens de Madri em 2004. De acordo com especialistas, essas medidas de precaução resultaram na eliminação progressiva das lixeiras, o que acabou por agravar o problema do lixo acumulado em pontos turísticos populares.
Um especialista destacou que metrópoles como Nova York e Paris possuem cerca de 30 mil lixeiras públicas, número significativamente superior ao de Tóquio. Ele observou ainda que, embora o setor público japonês tenha retirado a maioria dos recipientes, o setor privado ainda mantém alguns em operação em locais específicos.
Além da questão do lixo, os turistas também citaram outros desconfortos vivenciados durante a viagem. Problemas de comunicação, especialmente a dificuldade de encontrar funcionários que falem inglês em restaurantes e estabelecimentos, foram mencionados por 15,2% dos entrevistados. A superlotação em pontos turísticos foi apontada por 13,1%, enquanto o processo de imigração nos aeroportos — com longas filas e tempo de espera elevado — também foi motivo de queixa frequente.
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FONTE: ALTERNATIVA ON LINE