Técnico do Diosa Izumo impune, pretende processar as duas ex-jogadoras brasileiras por difamação
Em resposta ao pedido da Liga Nadeshiko de Futebol Feminino para tomar medidas disciplinares contra o técnico e os envolvidos depois que duas jogadoras brasileiras do Diosa Izumo FC, um clube da segunda divisão, alegaram que foram vítimas de assédio pelo treinador, a Associação Japonesa de Futebol (JFA) decidiu não tomar medidas disciplinares contra ele.
O NPO Diosa Sports Club, que administra o time, e o advogado do técnico, fizeram o anúncio em uma coletiva de imprensa realizada na Prefeitura de Izumo (Shimane), na quarta-feira (14).
Sobre essa questão, as duas jogadoras enviaram uma carta de acusação à Liga Japonesa de Futebol Feminino em novembro de 2024. Elas alegaram que, enquanto estavam lá, sofreram assédio por parte do técnico, incluindo insultos sexuais em português, e pediram medidas disciplinares contra os envolvidos.
De acordo com representantes de ambos os lados, a liga, após receber a acusação, investigou o assunto e confirmou as declarações do técnico, e notificou o comitê de arbitragem da JFA, a organização controladora, sobre as medidas disciplinares propostas.
No entanto, o comitê de arbitragem decidiu que “é apropriado não impor ação disciplinar” porque o depoimento dos envolvidos no qual a liga baseou sua declaração não pôde ser claramente confirmado pelas imagens dos treinos e jogos filmadas pela equipe. A decisão foi tomada em 8 de abril.
Em entrevista coletiva, o advogado que representa o clube e o técnico declararam que “suas reivindicações foram aceitas”. Ele admitiu ter usado gírias depois do treino, mas enfatizou que “nenhum comentário que eu fizesse poderia ser considerado assédio”.
Técnico quer processar jogadoras por difamação
Segundo da esq. para dir. é o advogado do técnico e do clube (BSS)
“Acho que o pensamento delas por trás disso era que se substituíssem a gerência, ou melhor, a equipe, assim poderiam jogar partidas inteiras como de costume”, opinou o advogado do técnico, Hiroki Inoue.
Ele também disse que está considerando processar as duas ex-jogadoras do clube por difamação.
As duas jogadoras brasileiras deixaram o Diosa Izumo em dezembro do ano passado. Antes disso, foram diagnosticadas com “reação aguda de estresse (depressão)”, no final de julho de 2024. De agosto até dezembro não participaram mais dos treinos e jogos.
Atualmente estão jogando profissionalmente no exterior. A decisão da JFA acrescentou que “o próprio uso de gírias em conexão com atividades de treinamento é extremamente inapropriado” e declarou que “comentários e ações discriminatórias não são tolerados em nenhuma circunstância e equivalem a assédio”.
Diante dessa decisão, as jogadoras brasileiras, insatisfeitas, planejam entrar com uma ação judicial em breve, para buscar indenização do clube e do técnico.
FONTE: PORTAL MIE
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