Mata Atlântica em Movimento: Pacto celebra dia da Mata Atlântica com lançamento da Plataforma Geoespacial e do Guia da Restauração
A ferramenta inovadora, pois organiza e dá visibilidade às iniciativas de restauração ecológica em andamento no bioma.
No dia 26 de maio, o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica reuniu cerca de 80 representantes de mais de 20 organizações na ESALQ/USP, em Piracicaba (SP), para celebrar o Dia da Mata Atlântica e apresentar duas importantes ferramentas para o fortalecimento da restauração ecológica no bioma: a Plataforma Geoespacial do Pacto e o Guia da Restauração.
A abertura do evento “Mata Atlântica em Movimento” contou com a participação de Pedro Brancalion (ESALQ), Barbara Paes (Pacto e Observatório da Restauração e Reflorestamento), Rubens Benini (coordenador do Pacto e The Nature Conservancy Brasil), Luana Carvalho (Nativas) e Thiago Belote (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima – MMA), que destacaram a importância da cooperação multissetorial e da ciência para avançar na restauração em larga escala.
Em seguida, Barbara Paes, analista de dados, e Alex Mendes, secretário executivo do Pacto, apresentaram oficialmente a Plataforma Geoespacial, uma ferramenta inovadora que organiza e dá visibilidade às iniciativas de restauração ecológica em andamento na Mata Atlântica. Durante a apresentação, foram detalhados os critérios de contabilização dos dados, o funcionamento da plataforma, a visualização dos polígonos de restauração e o processo de autodeclaração voluntária pelas organizações. Os participantes fizeram perguntas e sugestões, destacando o potencial colaborativo da plataforma, que inclui um módulo de troca de experiências para fortalecer a cooperação entre os atores da restauração.
Em seguida, a mesa “Setores da restauração e os benefícios da plataforma” promoveu um diálogo entre diferentes frentes de atuação. Mediado por Rubens Benini, o debate contou com a presença de Rafael Chaves (representando o governo do estado de SP, via SEMIL), Nathalia Nascimento (ESALQ, setor de pesquisa), Ludmila Pugliese (Conservation International, sociedade civil) e Fernanda Guimarães (Regreen, iniciativa privada). Cada painelista compartilhou as ações institucionais para a recuperação da Mata Atlântica e como a plataforma pode apoiar estratégias de monitoramento, articulação institucional e tomada de decisão.
O diretor de florestas do MMA, Thiago Belote, também apresentou os principais programas e ações do governo federal voltados à restauração e à conservação da vegetação nativa, reforçando o papel da Mata Atlântica no enfrentamento da crise climática e na movimentação da economia fortalecendo comunidades locais, destacou ainda o papel fundamental dos coletivos de restauração na implementação do PLANAVEG – lançado no final de 2024.
Após um momento de integração com coffee break e música ao vivo, o evento foi encerrado com o lançamento oficial do Guia da Restauração, conduzido por Rubens Benini e Nathalia Brancato (The Nature Conservancy Brasil). O guia oferece orientações práticas para proprietários rurais, técnicos, gestores e empresas que desejam iniciar ou fortalecer ações de restauração ecológica, com abordagens adaptadas a diferentes perfis e territórios.
O encontro reforçou a importância de fortalecer redes, compartilhar conhecimento e integrar tecnologias para acelerar a restauração da Mata Atlântica, bioma que é símbolo da biodiversidade brasileira e da resistência socioambiental.
Cerca de 80 representantes de mais de 20 organizações participaram do evento.
© Pacto pela Restauração da Mata Atlântica
FONTE: WWF BRASIL
