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Aumento de crimes de estrangeiros no Japão faz polícia mudar regra sobre uso de intérpretes em interrogatórios

Devido ao aumento de crimes envolvendo estrangeiros no Japão, a Agência Nacional de Polícia decidiu permitir o uso de intérpretes por telefone durante interrogatórios, e não apenas em atendimentos presenciais. A nova medida entrará em vigor em 1º de julho.

Atualmente, embora a tradução por telefone já seja utilizada em situações como atendimentos em delegacias ou postos policiais, os interrogatórios formais ainda exigem a presença física do intérprete.

Com a mudança, será possível conduzir a interpretação remotamente, por telefone, inclusive durante interrogatórios oficiais. A comunicação será feita por meio de ligação telefônica utilizando os aparelhos das delegacias locais.

Essa alteração será implementada por meio da revisão parcial das normas de investigação criminal estabelecidas pelas regras da Comissão Nacional de Segurança Pública.

Atualmente, cerca de 9.600 intérpretes civis são contratados pelas forças policiais em todo o país para atender à demanda por tradução durante investigações. Além disso, em alguns casos, os próprios policiais realizam a interpretação.

O número de estrangeiros presos ou detidos em 2024 foi de 12.170, representando o maior número dos últimos 15 anos e o segundo ano consecutivo de aumento. Com isso, cresce também a demanda por intérpretes.

Em 2014, foram registrados aproximadamente 96 mil casos de investigações com o uso de intérpretes. Já em 2023, esse número saltou para cerca de 132.700.

A Agência Nacional de Polícia comentou que, principalmente em regiões do interior, é difícil encontrar intérpretes para línguas menos comuns e que, muitas vezes, os profissionais precisam se deslocar de locais distantes, o que consome tempo. Por isso, a implementação da interpretação por telefone busca garantir um atendimento mais rápido e eficiente.

FONTE ALTERNATIVA ON LINE

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