Milho fecha em queda na B3 com pressão do dólar e bom desenvolvimento da safrinha
A segunda-feira (11) chega ao final com os preços futuros do milho com leves baixas na Bolsa Brasileira (B3), registrando estas pequenas quedas desde o início da tarde.
O vencimento maio/22 foi cotado à R$ 86,85 com baixa de 0,34%, o julho/22 valeu R$ 86,80 com recuo de 0,34%, o setembro/22 foi negociado por R$ 86,89 com pequena perda de 0,09% e o novembro/22 teve valor de R$ 88,42, também com leve retração de 0,09%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado do cereal está mais calmo tanto no Brasil quanto no exterior devido a uma troca de posições na parte da tarde entre o milho e o trigo. Movimentos técnicos em Chicago também, segundo o analista.
“Aqui a B3 reflete que a cada dia que passa, a safrinha está indo muito bem, o produtor está segurando as vendas, e se o clima seguir esta mesma linha por mais seis ou sete semanas, nós vamos ter uma invasão de milho no mercado brasileiro. Não vai ter armazém para todo esse milho”, pontua.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais baixas do que altas neste início de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Ponta Grossa/PR, Cascavel/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Brasília/DF, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS e Campo Grande/MS. Já as valorizações apareceram no Oeste da Bahia e no Porto Santos/SP.
MERCADO INTERNACIONAL
Na Bolsa de Chicago, os futuros do cereal encerraram o dia em campo misto. Os contratos maio e julho fecharam a sessão no vermelho, perdendo 4,25 e 2 pontos, enquanto o setembro e o dezembro subiram pouco mais de 2 pontos. A semana começou bastante agitada e volátil para o mercado de grãos, com os preços tendo atuado do lado positivo durante todo o dia, mas perdendo força a tarde.
Segundo explicaram analistas internacionais, a pressão nos vencimentos mais curtos veio da baixa intensa da soja, que levou a um movimento de vendas técnicas também no mercado do milho, enquanto os mais alongados se voltam ao seuns fundamentos, em especial a um novo reporte de venda informado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) neste segunda-feira de mais de 1 milhão de toneladas.
Mais do que isso, o mercado monitora o início da safra norte-americana e as condições de clima no Corn Belt para os primeiros trabalhos de campo da temporada 2022/23.
FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS ( POR Letícia Guimarães)