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Hospitais filantrópicos fazem manifestações por mais recursos do SUS e valorização dos profissionais da saúde

Os hospitais filantrópicos de Marília e região fizeram manifestações por mais recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) e pela valorização dos profissionais da saúde. Para chamar a atenção dos governantes e de políticos, unidades hospitalares de todo o País se mobilizaram e paralisam seus procedimentos eletivos neste dia 19 de abril.

O movimento nacional é coordenado pela CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas) e conta com o apoio da Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo).

Santa Casa de Marília, HBU (Hospital Beneficente Unimar), Maternidade Gota de Leite, HEM (Hospital Espírita de Marília) e Santa Casa de Pompeia se uniram para promover manifestações em âmbito regional.

Outdoors foram espalhados pela cidade em protesto pelo reajuste da tabela SUS e valorização dos hospitais filantrópicos. Mobilizações internas também já foram feitas, bem como a busca de apoio político junto a prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, MP (Ministério Público) e toda a sociedade. 

Na Santa Casa de Marília foram desmarcados procedimentos ambulatoriais, a serem remarcados em outras datas. O HBU (Hospital Beneficente Unimar) suspendeu 50% das cirurgias eletivas que estavam previstas para este dia 19 de abril. A Maternidade Gota de Leite, paralisou os atendimentos eletivos (puerpério, puericultura, teste da orelhinha e consultas nutricionais). O HEM (Hospital Espírita de Marília) reiterou a importância da realização da mobilização nacional por melhorias aos hospitais filantrópicos. E a Santa Casa de Pompeia suspendeu as cirurgias eletivas previstas para acontecer neste dia 19 de abril. 

Mobilização nacional

Mais de 1.800 Santas Casas e Hospitais Filantrópicos em todo Brasil fazem ato simbólico por pedido de recursos emergenciais, neste dia 19 de abril, como a paralisação de atendimentos eletivos, não urgentes, agendados, por 24 horas. Os procedimentos serão reprogramados para novas datas com brevidade e os serviços temporariamente paralisados serão consultas, cirurgias eletivas, oncologia e exames realizados através do SUS. Os pacientes de todos os hospitais foram informados e os procedimentos reagendados. Instituições que não puderam paralisar esses atendimentos também fazem o ato, como o uso de camisetas pretas por parte dos colaboradores, panfletagem, entre outras ações de protesto. 

A iniciativa faz parte do movimento nacional “Chega de Silêncio!”, promovido pela CMB e que tem como objetivo alertar a sociedade civil e os três poderes nas esferas municipais, estaduais e federal, sobre a maior crise financeira enfrentada pelo setor filantrópico. A dívida já chega a mais de R$ 20 bilhões e o alerta se agrava com projeto de lei em tramitação na Câmara, que institui o piso salarial da enfermagem, porém, sem indicação de fonte de financiamento. Se aprovado, terá impacto estimado em R$ 6,3 bilhões ao orçamento dos hospitais.

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