Extensão de gelo marinho da Antártida é a menor desde 1978, mostra mapa
O gelo marinho da Antártida tinha desfrutado de uma modesta tendência de aumento de cerca de 1% por década desde o final dos anos 1970. Em 2017, entretanto, o hemisfério sul experimentou o primeiro recorde de baixa extensão de gelo marinho, que agora, apenas cinco anos depois, aconteceu novamente.
O recorde foi quebrado no dia 25 de fevereiro de 2022, a poucos dias do final do verão do hemisfério sul. Foi a primeira vez que o gelo atingiu menos de 2 milhões de quilômetros quadrados desde 1978. Em toda a região, a extensão do gelo marinho foi cerca de 30% menor do que a média no período de referência de 1980 a 2010.
A equipe usou uma análise de gelo marinho usando dados do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo (em inglês, NSIDC) sobre a sua concentração diária (a porcentagem de uma área coberta por gelo marinho) de 1979 a 2022. Os pesquisadores descobriram que, no verão, a termodinâmica é responsável pelos processos que causam o derretimento do gelo marinho. Isso ocorre através de anomalias no transporte de calor para o pólo nos mares de Bellingshausen/Amundsen, no oeste do Oceano Pacífico e no leste do mar de Weddell em particular.
Além disso, foi descoberto que o novo recorde ocorreu ao mesmo tempo que uma combinação do La Niña e um Modo Anular Sul (SAM). O SAM é um cinturão de ventos fortes do oeste ou de baixa pressão que circundam o continente, enquanto o La Niña descreve um padrão climático de ventos poderosos que sopram a água quente da superfície do oceano da América do Sul para a Indonésia nos trópicos. Ambos os fenômenos aprofundam a baixa do Mar de Amundsen.
Apesar dos pesquisadores terem conseguido chegar a conclusões importantes, as causas da variabilidade do gelo marinho antártico são complicadas, tendo vários mecanismos propostos nos últimos anos sem um consenso científico, e com muito ainda a ser explorado.
O gelo marinho do Ártico está desaparecendo em uma rápida constante, fato já conhecido pela comunidade científica há algum tempo. Em fevereiro deste ano, no entanto, foi a extensão do gelo marinho antártico que sofreu um recorde de baixa, o segundo evento desse tipo em cinco anos. O fenômeno está sendo estudado por um grupo de pesquisadores da Universidade Sun Yat-sen na China, e o primeiro artigo já foi publicado na revista Advances in Atmospheric Sciences, em 19 de abril.
O gelo marinho da Antártida tinha desfrutado de uma modesta tendência de aumento de cerca de 1% por década desde o final dos anos 1970. Em 2017, entretanto, o hemisfério sul experimentou o primeiro recorde de baixa extensão de gelo marinho, que agora, apenas cinco anos depois, aconteceu novamente.
O recorde foi quebrado no dia 25 de fevereiro de 2022, a poucos dias do final do verão do hemisfério sul. Foi a primeira vez que o gelo atingiu menos de 2 milhões de quilômetros quadrados desde 1978. Em toda a região, a extensão do gelo marinho foi cerca de 30% menor do que a média no período de referência de 1980 a 2010.
A equipe usou uma análise de gelo marinho usando dados do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo (em inglês, NSIDC) sobre a sua concentração diária (a porcentagem de uma área coberta por gelo marinho) de 1979 a 2022. Os pesquisadores descobriram que, no verão, a termodinâmica é responsável pelos processos que causam o derretimento do gelo marinho. Isso ocorre através de anomalias no transporte de calor para o pólo nos mares de Bellingshausen/Amundsen, no oeste do Oceano Pacífico e no leste do mar de Weddell em particular.
Além disso, foi descoberto que o novo recorde ocorreu ao mesmo tempo que uma combinação do La Niña e um Modo Anular Sul (SAM). O SAM é um cinturão de ventos fortes do oeste ou de baixa pressão que circundam o continente, enquanto o La Niña descreve um padrão climático de ventos poderosos que sopram a água quente da superfície do oceano da América do Sul para a Indonésia nos trópicos. Ambos os fenômenos aprofundam a baixa do Mar de Amundsen.
Apesar dos pesquisadores terem conseguido chegar a conclusões importantes, as causas da variabilidade do gelo marinho antártico são complicadas, tendo vários mecanismos propostos nos últimos anos sem um consenso científico, e com muito ainda a ser explorado.
FONTE: AMBIENTE BRASIL