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Apenas 1% de estudantes pobres no mundo consegue concluir estudo universitário

A cidade de Barcelona, na Espanha, está acolhendo até sexta-feira a Conferência Mundial sobre Ensino Superior, organizada pela Unesco. Os especialistas analisam desafios e tendências, incluindo aulas virtuais e acesso a conhecimentos pelas redes sociais e aparelhos móveis.  

Segundo a agência da ONU, o total de pessoas no ensino superior mais que dobrou nos últimos 20 anos, chegando atualmente a 235 milhões de alunos frequentando a faculdade.  

Desigualdades claras 

Existem 235 milhões de estudantes matriculados em universidades ao redor do mundo. Foto: UnsplashExistem 235 milhões de estudantes matriculados em universidades ao redor do mundo.

Apesar deste crescimento, “enormes desigualdades persistem pelo mundo”. A Unesco revela que apenas 1% dos estudantes mais pobres entre 25 e 29 anos conseguem completar quatro anos de ensino superior. Já entre os mais ricos, 20% em média acabam obtendo o diploma.  

As diferenças são nítidas também por região: cerca de 80% dos jovens da Europa e da América do Norte estão fazendo um curso superior, enquanto na África Subsaariana, a proporção é de menos de 10%.  

Aulas pela internet 

Universidade Católica do Chile na capital do país, SantiagoELEMENTAL/Cristobal PalmaUniversidade Católica do Chile na capital do país, Santiago

Durante a conferência, os participantes analisam ainda como garantir educação de qualidade que esteja adaptada a desafios contemporâneos como desenvolvimento sustentável.  

Outro tema do encontro é avaliar as lições aprendidas com a pandemia de Covid-19. A Unesco lembra que as aulas presenciais chegaram a ser interrompidas em 190 países, sendo que muitas instituições de ensino conseguiram rapidamente mudar a estratégia e fornecer aulas virtuais. 

Porém, os países de renda baixa, que abrigam 96% dos 3 bilhões de pessoas, que não têm acesso à internet, ficaram para trás. Para estudantes dessas nações, a perspectiva de conseguir entrar no ensino superior diminuiu desde o surgimento da Covid-19.  

FONTE: ONU NEWS

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