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Japão suspende alerta de energia, mas reforça pedido para economizar luz

O governo japonês suspendeu na noite de quinta-feira (30) um alerta de falta de energia para Tóquio e províncias vizinhas, onde havia risco de apagões devido ao aumento de consumo de luz que se aproximou do limite de produção em meio à uma forte onda de calor.

Mas, ao mesmo tempo, o governo reforçou o pedido para economizar energia, instituindo um período de três meses, até o final de setembro, para que as pessoas e as empresas evitem desperdício de luz.

O clima excepcionalmente quente em junho manteve a demanda por energia extremamente alta, e o fornecimento pode ficar comprometido durante o verão se não houver economia de luz.

O governo, no entanto, deixou claro que as pessoas não precisam mudar seus hábitos a ponto de afetar a saúde, como desligar aparelhos de ar-condicionado, e as atividades econômicas.

A economia de energia pode ser feita de outras formas, apagando a luz de locais que não estão sendo utilizados ou desligando aparelhos ociosos, principalmente no horário de pico de consumo, das 17h às 20h.

Temperaturas de quase 40 graus Celsius foram registradas na quinta-feira em algumas partes da grande Tóquio, onde vivem 37 milhões de pessoas, no sexto dia de uma onda de calor que começou após o fim antecipado da temporada de chuvas.

Mas as quedas de energia foram evitadas. “Graças aos esforços de todos, conseguimos conter a demanda até certo ponto”, disse o Ministério da Economia, Comércio e Indústria.

DESLIGANDO AS LUZES
Algumas empresas, como a fabricante de autopeças Yorozu, estão reduzindo os turnos para economizar energia, enquanto outras, como a varejista Seven & i Holdings e a gigante de tecnologia Sony, pediram aos funcionários que economizassem energia desligando luzes e outros dispositivos.

A montadora Nissan Motor disse que estava operando geradores em sua fábrica de Tochigi, de quarta a sexta-feira, enquanto convocou escritórios e fábricas para economizar energia.

O grupo SoftBank disse que está diminuindo o ar-condicionado, deixando a temperatura em suas instalações ajustada em 26°C, ao invés de 25°C.

O governo e as companhias de luz estavam se preparando desde a primavera para lidar com o fornecimento de energia apertado durante o período de pico de demanda do verão.

A falta de energia era esperada com a suspensão da geração de algumas usinas após o terremoto de março de 2011, uma queda de longo prazo no número de usinas termelétricas em meio a um impulso para a descarbonização e atrasos no reinício de reatores nucleares devido à regulamentação mais rigorosa após o desastre de Fukushima.

Para amenizar o problema, o governo e as concessionárias reativaram as antigas usinas de energia a gás e fizeram malabarismos com os cronogramas de manutenção em reatores nucleares.

A maior geradora de energia do Japão, a JERA, reiniciou na quinta-feira uma unidade a gás de 45 anos em Anegasaki (Chiba), seguida por uma unidade de 44 anos em Chita (Aichi), nesta sexta-feira.

FONTE: ALTERNATIVA ON LINE

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