Suspeito de assassinar Abe aparentemente fez posts no Tweeter que mostram rancor em relação à “Igreja da Unificação”
Acredita-se que algumas mensagens com conteúdo rancoroso contra um grupo religioso postadas na rede social tenham sido escritas pelo homem acusado de matar o ex-premiê Abe Shinzo.
Investigadores constataram que o suspeito, Yamagami Tetsuya, tinha desenvolvido rancor contra a Federação de Famílias para a Paz Mundial e Unificação, antes conhecida como Igreja da Unificação, para a qual a sua mãe tinha doado dinheiro. O suspeito de 41 anos foi preso logo após o tiro fatal em Abe na cidade de Nara, em 8 de julho.
Pouco antes de atirar, acredita-se que Yamagami tenha enviado uma carta afirmando que Abe não era seu primeiro alvo, apesar de o ex-premiê ser um dos mais influentes simpatizantes do grupo.
Acredita-se que Yamagami também tenha expressado repetidas vezes o seu ressentimento contra o grupo no Twitter nos últimos anos. Esses posts incluem um dizendo que a única coisa que ele odeia é a Igreja da Unificação, então ele não se importa com o que aconteça com a administração Abe. Um outro post diz: “Minha família se desmoronou quando eu tinha 14 anos.”
O chefe do escritório japonês do grupo religioso disse aos repórteres que Abe não era um membro nem um conselheiro. Ele também afirmou que Abe apresentou uma mensagem em um evento realizado por uma organização afiliada.
O grupo afirma que não conseguiu verificar as ocasiões e o montante das doações feitas pela mãe do suspeito.
O grupo afirmou que devolveu um total de 50 milhões de ienes, ou aproximadamente 400 mil dólares, à mãe do suspeito ao longo de 10 anos até 2014.
Os investigadores estão tentando se informar mais a respeito de como o rancor em relação ao grupo pode ter levado Yamagami a atacar o ex-premiê.
FONTE: NHK PORTUGUÊS