Encontro de facilitadores 2022: a importância do trabalho coletivo em defesa do planeta
Nos dias 28, 29, 30 e 31 de julho aconteceu o Encontro de Facilitadores, um momento reservado para voluntários e voluntárias de diferentes regiões do Brasil conhecerem mais sobre a Organização e também dar suporte e treinamentos para executarem o ativismo da melhor forma possível
Após um período de dois anos sem a realização do Encontro de Facilitadores, por conta da gravidade da pandemia de covid-19, aconteceu em julho o tão esperado evento repleto de conexão e aprendizado – e, claro, com as medidas de segurança necessárias. O local escolhido foi o interior de São Paulo. Nossa equipe de Mobilização de Comunidades organizou o evento com cuidado e atenção para que todos os facilitadores e voluntários presentes se sentissem confortáveis e seguros para que absorvessem conhecimento e se inspirassem para o ativismo.
Os voluntários foram recebidos em São Paulo no escritório do Greenpeace Brasil, onde foram testados para a covid para garantir a máxima segurança de todos durante o evento. Depois, conheceram mais sobre a estrutura do escritório através de um tour e puderam ter momentos de trocas de experiências com os voluntas de diferentes regiões do Brasil. Mais tarde, partiram para o local do encontro, onde se acomodaram, se apresentaram e descansaram para se prepararem para os demais dias, que contaram com dinâmicas e treinamentos sobre temas como diversidade e inclusão, mitigação de riscos em atividades offline, status das campanhas, comunicação e engajamento.
No segundo dia, os participantes discutiram mais a respeito de diversidade, pensando como prevenir ações que possam infringir a integridade física e moral de qualquer pessoa, dentro e fora da organização. Na sequência, os voluntas Natan Batissoco e Ana Clis Ferreira, do grupo de São Paulo e ABC Paulisa, relataram a participação na Parada LGBTQIAP+ de São João da Boa Vista em 2019, proporcionando um momento de troca de vivências.
Tamires E. Amorim, uma das representantes do grupo de João Pessoa, que está no Greenpeace desde 2019, sentiu-se muito feliz de ter vivenciado tantos momentos diversos e plurais, conhecendo um pouco da realidade de todo mundo e podendo levar um pouco para a sua terra. E afirmou: “eu saio daqui muito encorajada e munida por dentro, já saio cheia de saudade”.
Sábado foi o dia de falar mais sobre os grupos locais e a importância da comunicação, que é responsável por nos fazer relacionarmos com outras pessoas, transmitir nossas ideias, pensamentos e resolver problemas. A pandemia transformou a forma como os grupos de voluntários espalham a mensagem de defesa do meio ambiente, antes, em sua maioria transmitida nas ruas.
Entre as adversidades da quarentena, os grupos locais aprenderam a lutar pela causa ambiental através dos meios digitais. Ayrton de Souza, voluntário do ABC Paulista, desde 2019, foi um desses ativistas que superou muitos desafios: “a gente passou por muita coisa na pandemia, mas o que eu vi nesse encontro foi uma galera que realmente tá querendo fazer algo, um sentimento de renovação”. Os grupos retornaram esse ano com a mão na massa às atividades presenciais, por isso fez-se necessário um momento de reflexão sobre o voluntariado e treinamentos sobre identidade visual, imprensa e influenciadores para que pudessem unir os benefícios do ativismo presencial e virtual.
O último dia foi dedicado a olhar o indivíduo por trás do facilitador através de uma dinâmica especial sobre consciência corporal. Cuidar da saúde mental de cada ativista é essencial, pois possibilita o ajuste necessário para lidar com as emoções positivas e negativas, principalmente diante do atual cenário político e econômico do Brasil. É o momento que mais precisamos lutar pelos nossos direitos, mas, para isso, precisamos estar alinhados com o nosso bem-estar emocional, psicológico e social.
Raphael Roberto, que iniciou as atividades do grupo de Bertioga em 2017, disse: “o Greenpeace me faz sempre buscar ser uma pessoa melhor, de uma micro para uma macro escala. Apesar de estar há muitos anos na Organização, esse é o meu primeiro encontro de facilitação. Todos vocês me ensinaram muito, foi muito rico e eu senti a presença e a entrega de todos aqui”.
Por fim, todos tiveram um momento para falar o que acharam do encontro. Ana Caroline, do grupo de Belo Horizonte, enfatizou: “quando nós estamos aqui, nos sentimos confortados de ver que não estamos tão sozinhos quanto pensávamos. Neste momento, eu percebo o tanto de coisa que fazemos e que somos grandes demais. Não somos um grupo isolado e temos em quem nos apoiar. Existe um espaço de respeito e empatia para entender que cada um enfrenta seus dragões e que nesse meio nós podemos discutir sem discriminação e sem preconceito. Eu me senti em casa”. Com certeza, nesse encontro, ficou marcado nos corações e mentes, a importância de estarmos unidos em prol de um ambiente melhor para se viver, não só para nós, mas para todos, pois “só, você muda. Juntos, a gente transforma”.
FONTE : GREENPEACE BRASIL