Japão começa em fevereiro a emitir alertas de movimentos sísmicos prolongados
A Agência de Meteorologia do Japão anuncia que vai começar em fevereiro a emitir alertas de movimentos sísmicos lentos e prolongados capazes de fazer balançar arranha-céus. A novidade passará a integrar o sistema de alertas urgentes de fortes terremotos.
O atual sistema de alertas de emergência é acionado na eventualidade de fortes terremotos com intensidade de cinco fraco ou mais na escala japonesa que vai de 0 a 7.
Alertas de movimentos sísmicos prolongados passarão a fazer parte do sistema em 1º de fevereiro.
A agência classifica a intensidade de movimentos sísmicos prolongados em uma escala de quatro níveis.
O plano é emitir alertas para áreas nas quais estejam previstos os dois níveis máximos de intensidade, os de classe 3 e 4. A classe 3 indica dificuldade de se manter em pé. Já a classe 4 indica que as pessoas precisarão se deslocar agachadas no chão.
Funcionários da Agência de Meteorologia informam que, desde o ano 2000, o Japão teve 33 terremotos acompanhados de movimentos sísmicos prolongados das classes 3 e 4.
Os abalos prolongados podem fazer balançar edifícios altos mesmo a grandes distâncias do epicentro. O megaterremoto de março de 2011, ao largo do nordeste do Japão, fez balançar arranha-céus em áreas tão distantes como Tóquio e Osaka.
Os funcionários explicam que, após a emissão de alertas em áreas próximas a epicentros, alertas adicionais poderão ser emitidos em outras áreas nas quais estejam previstos movimentos sísmicos prolongados.
O argumento é de que mais pessoas podem ser afetadas por tremores deste tipo em consequência do aumento do número de arranha-céus em áreas urbanas.
As autoridades estão solicitando aos moradores de edifícios altos que permaneçam calmos após a emissão dos alertas e que tomem medidas para garantir a própria segurança.
FONTE: NHK PORTUGUÊS