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245 mil alunos faltam às aulas em escolas japonesas

O Japão registrou que 244.940 alunos de escolas primárias e secundárias faltaram às aulas por 30 dias ou mais em 2021, representando um aumento de 24,9% em relação ao ano anterior, marcando o nível mais alto já registrado pelo governo, publicou a mídia local. 

O número marcou um aumento pelo nono ano consecutivo, mas não incluiu os ausentes por doença ou por motivos econômicos.

Na estatística, os casos de maus-tratos reconhecidos por todas as escolas, também aumentaram 19% no ano até março, atingindo um recorde de 615.351. 

Os suicídios entre estudantes do ensino fundamental, médio e secundário caíram 47 para o total de 368, disse o Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia.

“Acredita-se que as restrições em atividades como encontros esportivos e viagens de campo reduziram a motivação dos alunos para frequentar a escola”, disse um funcionário do ministério, em referência à pandemia.

Ele acrescentou que também houve relatos de dificuldades em retornar ao ritmo normal da vida depois que foi interrompido pelo fechamento das escolas.

Por nível de ensino, os faltosos nas escolas primárias foram 81.498, indicando um aumento de 1,3% dos estudantes do ensino fundamental, e 163,442 alunos, ou 5%, faltaram às aulas no ensino médio. Os números são, respectivamente, quatro vezes e o dobro de 10 anos atrás.

O número de alunos declarados como ausentes nas escolas secundárias, que estão fora do sistema de ensino obrigatório do país, situava-se em níveis pré-pandemia de cerca de 50.000.

Os motivos para a ausência foram os seguintes: 49,7% citaram “apatia e ansiedade”, 11,7% mencionaram “interrupções no ritmo da vida diária”, além de problemas relativos a “amizades e maus-tratos” com 9,7%.

Os casos de maus-tratos (ijime, em japonês), haviam caído em 2020, mas retornaram aos níveis pré-pandemia em 2021, com 500.562 ocorrências em escolas do ensino fundamental, 97.937 nas do ensino médio, além de 14.157 em universidades. O Ministério da Educação acredita que a queda desse tipo de problema em 2020 foi em razão da pandemia. 

Os maus-tratos na internet, ou cyberbullying, também bateram recorde de 21.900 casos. 

No universo dos maus-tratos que resultaram em lesão física ou ausência prolongada de alunos aumento totalizou 705, um aumento de 191 em relação ao ano anterior. 

FONTE: ALTERNATIVA ON LINE

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