Primeiro paciente da pílula em teste contra o câncer passa bem. Viva a ciência!
Que notícia boa! O primeiro paciente a receber um novo e promissor medicamento contra o câncer está indo bem. Ele está testando a nova pílula contra tumores mais sólidos e agressivos de câncer de mama, próstata, cérebro, ovário, colo do útero, pele e pulmão.
De acordo com a City of Hope, uma das maiores organizações de pesquisa e tratamento do câncer nos EUA, o remédio, que se mostrou eficaz em estudos pré-clínicos, está sendo testado pela primeira vez em humanos.
O tratamento inibiu o crescimento e a disseminação de uma ampla gama de células cancerígenas humanas. Com os próximos testes seguindo os resultados positivos, logo mais a pílula poderá ser produzida em escala comercial para salvar milhares de vidas em todo o mundo.
“Imagine o câncer como a água enchendo uma banheira. Se não forem controlados, os tumores ou a água acabarão transbordando e danificando outras partes da sua casa. O tratamento que minha equipe da City of Hope criou é semelhante a um proprietário vigilante que fecha a água – impedindo a propagação de tumores para outras partes da casa metafórica – e depois drena a banheira, eliminando o câncer”, disse Vincent Chung, professor e um cos co-autores do ensaio clínico.
“Ao direcionar o PCNA, estamos inibindo a maquinaria complexa para interromper o crescimento e a proliferação celular”, disse.
Como nasceu a terapia menos agressiva
Há 20 anos Linda Malkas, Ph.D. da City of Hope, conheceu o caso da jovem Anna Olivia Healey, que infelizmente não foi capaz de vencer o câncer. Comovida com a luta da jovem, a cientista passou a pesquisar o que seria possível para curar alguns tipos de tumores e desenvolver uma terapia que não fosse tão agressiva.
Linda descobriu que a resposta poderia estar no antígeno nuclear de células em proliferação (PCNA). Esse antígeno desempenha um papel essencial na replicação e reparo das células.
Foi a partir do PCNA que Linda começou a criar uma terapia contra o câncer menos tóxica para células cancerosas mutantes, deixando as células normais em paz.
Com isso, ela desenvolveu o AOH1996 – que também foi batizado de Terapia Anna Olivia Healey. Além de não ser tóxico para células saudáveis, a pílula interrompe a síntese do câncer e leva a um tipo de morte celular conhecido como apoptose nas células cancerígenas.
Nos próximos dois anos, a equipe espera que os resultados do teste continue continuem positivos, com segurança, eficácia e dosagem tolerada da pílula, que é licenciada pela City of Hope para a RLL, empresa de biotecnologia co-fundada por Malkas.
A equipe também está procurando mais pacientes com diferentes tipos de tumores e em variados graus de evolução para testar a eficácia da terapia em diversas instâncias.
Com o sucesso da segunda fase, o próximo passo será a comercialização da pílula para pacientes com câncer em todo o mundo.
Parabéns aos cientistas envolvidos. Há séculos a humanidade espera por uma notícia como esta!
FONTE: SÓ NOTICIA BOA (VIA GNN )