2023, o ano da reconstrução e da esperança
Um novo ciclo chega com a oportunidade de revertermos os retrocessos dos últimos anos e avançarmos definitivamente na pauta socioambiental
Olá!
2022 chega ao fim nos deixando as marcas de um ano muito difícil. Mês a mês, vimos as taxas de desmatamento aumentarem na Amazônia, números recordes de queimadas criminosas e as sucessivas tentativas de aprovação de projetos nocivos para a população e para o meio ambiente no Congresso Nacional – isso para citar só algumas dessas marcas…
O ano encerra também o mandato antiambiental do governo Bolsonaro. Somente a Amazônia perdeu 45.586 km² de floresta durante sua gestão, e este, como sabemos, não é o único componente do rastro de destruição ambiental que este governo deixa para o país.
Ainda com os temores e cuidados sanitários diante da possibilidade de novas ondas da pandemia de Covid-19, os brasileiros e as brasileiras – principalmente aqueles que vivem em situação de vulnerabilidade – sentiram na pele as consequências dramáticas da crise climática e os impactos da volta da fome em meio a uma grave crise econômica.
Sim, é fato que os 365 dias de 2022 nos exigiram muito. Mas também é verdade que, coletivamente, ao lado de milhares de ativistas, doadores e apoiadores, respondemos aos desafios à altura. Foi neste ano que o Greenpeace Brasil completou 30 anos de existência! Celebramos relembrando histórias do passado, chamando as pessoas para a ação no presente e construindo juntos uma visão de futuro possível.
Sobrevoamos a Amazônia, monitoramos e denunciamos o avanço do desmatamento e do garimpo ilegal em terras indígenas, mobilizamos e engajamos milhares de pessoas contra o Pacote da Destruição.
Realizamos uma expedição fluvial no sul do Amazonas, em junho de 2022, em apoio à ciência e à luta de comunidades do Rio Manicoré, onde comunidades que vivem às margens do rio lutam por sua existência e pela preservação da floresta e de seu território.
Ocupamos Brasília ao lado dos povos indígenas contra o Marco Temporal e fomos até o Egito, na COP 27, exigir ações reais e eficazes contra a crise climática.
Também nos dedicamos a mostrar a centralidade da pauta socioambiental nas eleições mais importantes para a história do Brasil desde a redemocratização. Ao lado de dezenas de organizações da sociedade civil, defendemos a democracia com afinco. E vencemos.
Agora estamos diante de um novo capítulo para o meio ambiente e para as pessoas. Nosso desejo de ano novo? Que possamos não só reconstruir tudo o que foi desmontado nos últimos quatro anos, mas que também tenhamos espaço para avançar na construção de um novo projeto de país – um que entenda o valor da Amazônia em pé, da proteção da nossa biodiversidade, de garantir comida de verdade (e sem veneno!) na mesa da população brasileira – entre tantas outras possibilidades que se apresentam.
Em 2023, continuaremos lutando para que a conservação da Amazônia e dos demais biomas seja prioridade e para que o Brasil retome seu protagonismo na agenda climática.
Continuaremos pressionando, sem hesitar, por um modelo de desenvolvimento que supere a economia da destruição, que honre e respeite os povos indígenas e as populações tradicionais, que fomente uma transição energética justa e inclusiva e que garanta a todos nós, sem exceção, o que está previsto na nossa Constituição: um meio ambiente ecologicamente equilibrado que garanta o presente a as futuras gerações.
É essa a potência que transborda quando nós nos juntamos. Por isso, agradeço o seu apoio e peço que continue caminhando com a gente. Que 2023 nos traga ar, luz, paz e muita força!
Seguiremos contando com você!
Boas festas, um abraço,
Carol, em nome de todo o time do Greenpeace Brasil.
FONTE : GREENPEACE BRASIL