Servidores cobram posicionamento de vereadores sobre reformas
Grupo de servidores municipais esteve na última segunda-feira na Câmara Municipal, para cobrar um posicionamento dos vereadores em relação as reformas em tramitação. Trabalhadores da educação e de outros setores se reuniram com os vereadores Danilo Bigeschi (PSB), Luiz Eduardo Nardi (Podemos) e Vânia Ramos (Republicanos), na sala Nasib Cury.
Luciano Cruz, diretor jurídico da nova diretoria do Sindimmar (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos Municipais de Marília) falou em nome dos servidores presentes, destacando que as reformas trazem graves prejuízos aos funcionários públicos. “As reformas prejudicam diferentes categorias, trazem perdas salariais e dificuldades para a aposentadoria dos trabalhadores. Da forma como estão elas não podem ser aprovadas e os funcionários estão se mobilizando para sensibilizar os vereadores sobre essa questão”, destacou Cruz.
O diretor lembrou ainda que no caso da Reforma da Previdência, o maior encargo fica para os funcionários, que terão a alíquota alterada de 11% para 14%, o que vai provocar mais perda salarial. “Por outro lado, não há uma responsabilização efetiva em relação ao gestor (prefeito) que deixar de fazer os aportes ao Ipremm (Instituto de Previdência do Município de Marília). O MP (Ministério Público) já apontou a responsabilidade do ex-prefeito Vinicius Camarinha (PSB) e de Daniel Alonso (PSDB) sobre os aportes, mas não há previsão legal de punição para os administradores”, disse.
Em sua fala aos vereadores, Cruz ressaltou que desde o início da tramitação das propostas, poucos vereadores se posicionaram de forma efetiva com relação às perdas dos trabalhadores. “Apenas o Eduardo Nascimento (PSDB) declarou seu posicionamento. Percebemos que muitos afirmam que estão ao lado dos servidores, mas não se posicionam abertamente”, cobrou.
Servidores reiteraram ainda o pedido para que os vereadores intercedam junto ao prefeito Daniel Alonso, para que ele receba os representantes do Sindimmar para tratar essas questões. “A última reunião do prefeito com os servidores foi em abril. O vice-prefeito Cícero Carlos da Silva, o Cícero do Ceasa (PL) recebeu o sindicato em agosto e desde então não houve mais reuniões para discutir esses assuntos”, ressaltou.
POSIÇÃO / Vereador engenheiro Luiz Eduardo Nardi destacou que concorda com os servidores e que deve apresentar emenda para alterar a questão da alíquota. Disse ainda que também entende que seja necessário ter um dispositivo que possa punir os gestores que não fizerem os aportes ao Ipremm.
Danilo Bigeschi, que é servidores municipal, destacou a presença dos servidores na Câmara e lembrou que a mobilização é importante para sensibilizar os vereadores. “Precisamos dessa mobilização, da presença dos servidores para fortalecer o nosso posicionamento”, disse.
Vânia Ramos também enalteceu a presença dos trabalhadores e disse que pretende fazer uma emenda ao projeto, propondo uma alíquota escalonada, para não prejudicar o rendimento dos trabalhadores. “Fiz um levantamento e sei que essa nova alíquota vai representa entre R$ 210 e R$ 250 do salário de um funcionário que ganha R$ 1,8 mil. É muita coisa”, destacou.