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SINDIMMAR espera mais diálogo com administração em 2023

Presidenta do SINDIMMAR (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos Municipais de Marília), Vanilda Gonçalves de Lima, espera ter mais diálogo com a administração municipal em 2023. Ao fazer um balanço das atividades em 2022, Vanilda ressaltou que foram várias as conquistas, mas o fim do diálogo e das discussões sobre as reformas do Plano de Cargos e Carreiras foi o aspecto negativo.
Segundo ela, o ano que passou foi um dos mais combativos e prejudiciais para diversos profissionais, principalmente os(as) servidores(as) do Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília) e da Educação. Vanilda destaca que ações questionáveis da atual gestão estão prejudicando a carreira e o futuro profissional do Daem, com a privatização dos serviços e total desmonte das carreiras de dezenas de servidores.
“Conseguimos ao longo do ano desmembrar o projeto de Plano de Cargos e Carreiras vinculado à venda do Daem, mas então a discussão sobre o futuro dos servidores parou e como sempre, não conseguimos ser ouvidos e nem receber explicações da administração municipal, que ignora os funcionários de carreira e não explica as reais intenções”, afirmou.

Servidores(as) prejudicados(as)

Vanilda menciona outra categoria de servidores que está sendo prejudicada esse ano pela atual gestão são os cerca de 300 profissionais da área da Educação que trabalham nos serviços de limpeza. Uma manobra do governo municipal unificou dois cargos escolares, o de atendente e o de serviços gerais e quem antes trabalhava só na limpeza agora precisa cozinhar para as crianças. “São profissionais que nem sempre sabem cozinhar e que precisam passar parte do dia limpando e outra cozinhando, com a mesma roupa. Sem dizer que altera todo o plano de carreira. Além disso, é necessário fazer a capacitação dos(as) profissionais e viabilizar o acesso aos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) correspondente”, destacou.
Conforme Vanilda, o SINDIMMAR prima pela garantia do direito da alimentação escolar das crianças, que não pode ser afetada por essas situações criadas pela administração. Vanilda aponta que toda essa mudança tem como objetivo promover a terceirização do setor. “Eles querem que as escolas fiquem sem profissional para a limpeza e então a prefeitura possa contratar uma empresa privada para fazer o serviço que antes era feito por servidores(as)”, relatou.
Vanilda conta que não é a primeira vez que esta administração vem alterando ou fechando cargos para depois contratar empresa ou profissionais do setor privado. Em outubro de 2022 aconteceu essa situação com os ADEs (Auxiliares de Desenvolvimento Educacional). Eles acompanhavam as crianças no transporte das escolas e tiveram suas atribuições alteradas, para outras funções, e então terceirizaram o serviço de acompanhar as crianças.
Segundo a presidenta, um grupo de 75 professores(as) que atuavam nas escolas de tempo integral está em situação ainda pior. “A Secretaria de Educação reorganizou o programa integral, que antes exigia dois(uas) professores(as) por dia, um(a) em cada período. Agora querem obrigar o(a) mesmo(a) professor(a) a ficar os dois períodos e ainda ganhar menos no segundo período. Quem não aceita está sendo exonerado compulsória ou por necessidade”, esclareceu.
*A sindicalista aponta que quem não teve interesse ou condições de permanecer o dia todo na mesma escola foi obrigado a se remover, acarretando prejuízos, até mesmo em casos de exoneração”, denunciou.
Vanilda ressalta que alguns(mas) professores(as) já têm toda uma escala programada e essas alterações ferem diversos regulamentos, tanto que estamos na Justiça tentando reverter e cancelar todas estas medidas prejudiciais.

Busca pelo diálogo

Diante de tantas situações prejudiciais para as mais diversas categorias profissionais, Vanilda aponta que a diretoria está empenhada em buscar a retomada do diálogo, para corrigir as falhas e irregularidades que estão prejudicando os(as) servidores(as). “Vamos insistir em buscar o diálogo, com a mobilização das diferentes categorias e da Câmara”, ressaltou Vanilda.
Houve um entendimento entre o SINDIMMAR e o Executivo, logo após as mobilizações do começo de 2022, para que houvesse uma mesa permanente de negociação para tratar de todos os pontos polêmicos do Plano de Cargos e Carreiras e outras situações envolvendo a administração. “Chegamos fazer algumas reuniões, com o vice-prefeito Cícero Carlos da Silva, o Cícero do Ceasa (PL) e representantes da Educação. Mas depois a mesa redonda foi suspensa e não foi mais retomada. Queremos diálogo e vamos insistir nisso”, finalizou.

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