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Tupã fornece novas amostras de escorpião para produção de soro no Butantan

O departamento de Vigilância em Saúde, por meio do Controle de Zoonoses de Tupã, forneceu mais 390 escorpiões para o Instituto Butantan. A medida é essencial para que o laboratório possua amostras vivas do animal para a extração do veneno e produção do soro antiescorpiônico.

Os exemplares são transportados em recipientes de contenção apropriados para manutenção da sobrevivência deles e a segurança dos profissionais responsáveis durante a viagem, possibilitando a realização de pesquisas que beneficiam a saúde pública. 

Segundo a diretora de departamento de Vigilância em Saúde, Joselaine Pio Rocha, na região, apenas o município de Tupã realiza esta ação, resultante do trabalho de capturas diurnas e noturnas. “Estamos ajudando a salvar vidas. O soro produzido no Butantan é encaminhado para todo o país. Além disso, o Laboratório de Ecologia Sensorial e Comportamento de Artrópodes (LESCA) da USP realiza estudos para testar novas estratégias de controle desses animais, pensando na prevenção de acidentes”.

Usar venenos e outras formas de combate ao escorpião pode colocar o morador em risco. Pois, produtos químicos não possuem eficácia comprovada contra o espécime, que é altamente resistente e perigoso quando se sente ameaçado.

Apenas os profissionais do CCZ podem apreender os escorpiões, em virtude do treinamento que possuem, assim como dos equipamentos de proteção obrigatórios. Em caso de picada por escorpião, a pessoa deve procurar imediatamente o pronto Socorro da Santa Casa (instalado na unidade do centro, enquanto o prédio está em obras), sem aplicação de remédios ou adoção de soluções caseiras.

O médico e secretário de Saúde, dr. Miguel Ângelo de Marchi, explica que somente quando necessário, haverá aplicação do soro desenvolvido pelo Butantan, neutralizando o veneno em circulação no organismo do paciente.

 “A bula do soro desenvolvido pelo Butantan mostra que o produto é indicado nos casos de acidente por picada de escorpião do gênero Tytus serrulatus, espécie encontrada em Tupã, com a cor amarela. Mas, também pode ser indicado para vítimas dos gêneros bahiensis (preto) e stigmurus (escorpião-do-nordeste)”.

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