Pesquisa revela que crianças querem educação gratuita
Uma pesquisa feita pela Fundação Japão com estudantes entre 10 e 18 anos de idade revelou que eles querem que o governo e a sociedade priorizem a educação gratuita, publicou a Jiji Press.
O governo do Japão criou em abril passado a Agência de Crianças e Famílias e uma lei básica neste setor entrou em vigor, mas ainda deverá decidir sobre as políticas básicas voltadas às crianças.
E para saber o que as crianças estão pensando sobre as ações governamentais, a Fundação Japão realizou uma pesquisa com 10.000 delas em março.
No levantamento, 10% assinalaram no questionário que vários pontos relativos aos direitos das crianças não estão sendo respeitados, como “poder exprimir livremente a sua opinião e ser respeitado pelos adultos”, “não ser discriminado por qualquer motivo”, “poder receber educação” e “os adultos darem prioridade ao interesse da criança”.
Outro ponto curioso é que 6,9% das crianças entrevistadas disseram que se sentiram discriminadas ou foram tratadas injustamente devido à aparência, enquanto 5,3% em razão de suas notas escolares. Mas outros itens mereceram citação, ainda que com taxas menores, como situação financeira da família, ser portador de alguma deficiência física ou estar tratando de alguma doença, sofrer de depressão ou ter parentes estrangeiros.
No ponto em que o questionário pede que as crianças respondam qual deveria ser a prioridade do governo e da sociedade, 40,3% delas escolheram “educação gratuita até o ensino secundário e universitário”.
Outros 36,7% assinalaram que querem que seja dada prioridade à criação de “uma sociedade sem bullying” e 33,7% que querem “poder viver em segurança sem serem afetados pelo crime”.
Na última parte da pesquisa, as crianças podiam escrever livremente sobre quais temas gostariam de ver abordados no esboço de políticas de base do governo. Além de “educação gratuita”, que foi a resposta mais frequente, escreveram também “revisão do currículo e das regras escolares” e “respeito pelas opiniões das crianças”.
Embora não pareça, as crianças também mostraram que sentem o peso dos custos da educação que recai sobre os ombros de seus pais ou responsáveis, com uma delas comentando na pesquisa: “Quero estudar, mas estou relutante em pedir aos meus pais que paguem ainda mais dinheiro do que já pagam”. Outro ainda afirmou: “Os meus pais me dizem muitas vezes que o custo da educação é demasiado elevado”.
FONTE; ALTERNATIVA ON LINE
