Prefeitura Municipal de Marília e Secretarias elaboram verdadeiro plano de guerra contra a dengue e prefeito Daniel Alonso decreta medidas emergenciais
Decreto de emergência será publicado pelo chefe do Poder Executivo mariliense no Diário Oficial do Município de Marília (DOMM) nesta segunda-feira, dia 5 de fevereiro
A Prefeitura Municipal de Marília e todas as Secretarias Municipais e autarquias elaboraram um plano de guerra contra o recente crescimento dos casos de dengue no Município. O prefeito Daniel Alonso irá decretar medidas emergenciais nesta segunda-feira, dia 5 de fevereiro de 2024, para reforçar o trabalho que já vem sendo realizado pela administração municipal no enfrentamento através de diversas frentes de trabalho com mutirão da limpeza e bloqueios.
As decisões foram tomadas após uma reunião intersetorial realizada no auditório do segundo andar do Paço Municipal, realizada na manhã de sexta-feira, dia 2 de fevereiro. O encontro foi comandado pelo chefe de gabinete da Prefeitura, Levi Gomes de Oliveira, e pelo assessor especial de Governo, Dr Alysson Alex.
Estiverem presentes os secretários municipais de Saúde e médico Dr Osvaldo Ferioli, Tecnologia da Informação Eduardo Yamamoto, Fazenda Ramiro Bonfietti, Limpeza Pública Vanderlei Dolce, Administração Cássio Luiz Pinto Júnior, o Cassinho, Meio Ambiente Márcio Spósito, representante da Procuradoria-Geral do Município, Obras Públicas engenheiro civil Fábio Alves de Oliveira, Suprimentos Cidimar Furquim, Assistência e Desenvolvimento Social, Delegado Wilson Alves Damasceno, e a secretária-adjunta da Educação, professora Renata Guedes, diretor-presidente da Emdurb (Empresa Municipal de Mobilidade Urbana de Marília), Dr Valdeci Fogaça de Oliveira, e diretor-presidente da Codemar (Companhia Econômica de Desenvolvimento de Marília), Tatá Domingues.
O objetivo é estruturar um atendimento de emergência, melhorar o fluxo dos pacientes com maior risco de complicações causadas pela doença e reforçar o trabalho de limpeza nas ruas, imóveis particulares e instituições públicas para exterminar criadouros do mosquito Aedes aegypti.
“Vamos trabalhar para salvar vidas e cada uma delas importa, não podemos perder mais nenhuma. Vamos fazer uma verdadeira operação de guerra contra o mosquito e todos devem contribuir, ajudando na limpeza e abrindo suas casas para os agentes”, determinou o chefe de gabinete do prefeito Daniel Alonso, Levi Gomes.
Casos
Marília passa atualmente por um aumento preocupante nos casos de dengue no comparativo das quatro primeiras semanas deste ano com o mesmo período do ano passado. Além disso, um outro tipo de dengue, o Tipo 3, voltou a circular no Estado de São Paulo. Atualmente, o número de casos em todo o território nacional cresceu de modo surpreendente. Dados do Ministério da Saúde comprovam que houve um crescimento exponencial na comparação de 2023 com 2024. “Como há muito tempo não aparecia, as pessoas estão com baixa imunidade contra ele”, alertou a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica, Alessandra Arrigoni.
A Secretaria Municipal da Saúde Municipal de Marília enviou amostras de sangue ao laboratório Adolfo Lutz para saber se a cidade já está sendo afetada pela dengue Tipo 3. Outras situações que precisam ser levadas em consideração para o alerta são as temperaturas elevadas com chuvas intercaladas nos últimos dias, criando habitat ideal para proliferação do Aedes aegypti. “Há pesquisas que apontam para diminuição do ciclo de vida do mosquito, aumentando ainda mais o risco de uma epidemia”, informou a responsável pela Vigilância, enfermeira Alessandra Arrigoni. Atualmente, 25 pessoas estão internadas em Marília devido a complicações pela dengue.
Atendimento ampliado
Um dos pontos levantados pela equipe de Saúde é a necessidade de ampliar o atendimento das unidades básicas de saúde e unidades de saúde da família, para acolher pacientes com menor complexidade e desafogar unidades com atendimento especializado para receber apenas casos que precisam de atenção especial.
A princípio, essa ampliação no horário de atendimento deve manter a unidade de saúde aberta até as 22 horas nos bairros que registrarem um grande número de contaminação. “O morador que fica doente precisa receber hidratação e, para surtir efeito, o soro deve ser administrado lentamente. O paciente pode ficar até quatro horas recebendo a medicação, por isso precisamos manter as unidades abertas até mais tarde”, explicou o médico e secretário da Saúde, Osvaldo Ferioli Pereira.
O decreto municipal vai facilitar a compra de medicamentos que estão com dificuldade de recebimento por parte de atraso das empresas registradas na ata de registro de preços e o planejamento de recursos humanos para contratar mais profissionais caso seja necessário.
Também há a possibilidade da Secretaria Municipal de Saúde preparar o ginásio Neuza Galetti, que fica na avenida Santo Antônio, bairro Lorenzetti, na zona Oeste, para ser uma unidade de campanha. O local tem rápido acesso para qualquer hospital da cidade. Um grande mutirão de limpeza será realizado no local nos próximos dias.
Todo a estratégia para o enfrentamento da dengue e do mosquito Aedes aegypti partiu de uma decisão do prefeito Daniel Alonso, que ressaltou a eficiência de Marília para o controle de situações adversas, como ocorreu no período da pandemia de covid-19 e em outras circunstância envolvendo outras doenças, como a febre maculosa. “Marília tem uma rede eficiente formada por profissionais eficazes, que se dedicam intensamente para proteger a nossa população e todas as nossas famílias”, assegurou o chefe do Poder Executivo mariliense.
O prefeito ponderou que o decreto, que será publicado na segunda-feira, dia 5 de fevereiro, vem sendo alicerçado e construído desde as primeiras semanas de 2024. “Na verdade, estamos enfrentando a dengue e o mosquito Aedes de modo permanente, principalmente com maior ênfase a partir de novembro do ano passado, que coincidiu com o período de chuva”, contextualizou.
25% de casas inacessíveis
O decreto ainda trará reforço para o serviço dos agentes de saúde que fazem a pesquisa nos imóveis particulares na cidade. De acordo com a supervisora da Vigilância Ambiental, Viviam Martinelli Funai, 25% das casas continuam inacessíveis mesmo quando nos mutirões realizados aos sábados.
“O agente comunitário é uma autoridade sanitária e precisa ter acesso às residências. O morador precisa fazer a limpeza dos quintais para evitar focos do mosquito. Acredito que, com a ajuda da Secretaria Municipal da Educação, vamos incentivar essas atividades domésticas”, ponderou.
A Secretaria Municipal de Limpeza Pública de Marília irá intensificar as notificações de proprietários de terrenos sujos para que realizem a limpeza. Caso o serviço não seja feito dentro do prazo, uma equipe do Município dará manutenção ao local e os custos serão enviados ao proprietário.
Para contribuir na notificação, os moradores podem entrar em contato com a Ouvidoria Municipal por meio dos telefones 3402-6000 ou 0800-7766-111, pelo email ouvidoria@marilia.sp.gov.br, no site marilia.sp.gov/ouvidoria ou ir presencialmente na Rua Quatro de Abril, nº 41, no centro, em horário comercial.