Prefeitura de Anjo toma medidas em relação ao mau atendimento à brasileira que solicitou ‘seikatsu hogo’
O caso de uma brasileira que solicitou assistência pública (seikatsu hogo) na prefeitura de Anjo (Aichi) e recebeu tratamento inadequado de 2 funcionários no guichê, foi investigado internamente e o prefeito anunciou na segunda-feira (25) as medidas para evitar recorrência.
Além de melhorar a formação dos funcionários e a alocação de intérpretes, a cidade também criará um plano de reforma que envolve toda a prefeitura, incluindo a contratação de um advogado.
Segundo a prefeitura, a equipe do projeto será formado por servidores municipais e o plano será traçado no próximo mês. Irão também criar regras para o registro das consultas no guichê, verificar e divulgar o grau de implementação do plano. O prefeito Motohito Mitsuboshi disse em coletiva de imprensa: “Trabalharemos em conjunto com os servidores para restaurar a confiança, a fim de criar uma cidade de coexistência multicultural”.
O prefeito também enfatizou que “isso não é responsabilidade de funcionários individuais, mas da cidade como um todo”. A fim de “assumir a responsabilidade como principal executivo”, ele apresentará ao conselho municipal no próximo mês uma emenda ao projeto de lei para reduzir o seu salário de 1,044 milhão de ienes por mês, em 10% ao mês.
Por outro lado, o servidor e seu superior hierárquico que atenderam a brasileira e disseram palavras ofensivas não estarão sujeitos às medidas disciplinares, pois o prefeito assumiu a responsabilidade.
De acordo com um comitê terceirizado criado pela cidade, em novembro de 2022, dois servidores disseram à brasileira que “não podemos ajudar uma sem-teto”. O comitê terceirizado considerou essas palavras inapropriadas.
Mas, depois disso, a brasileira, com a ajuda de voluntários e um advogado, conseguiu se beneficiar da assistência social.
FONTE: PORTAL MIE