Pesquisa mostra que 63% dos japoneses não se sentem seguros financeiramente
Uma pesquisa do governo do Japão feita no final de 2023 revelou que 63,2% dos entrevistados não se sentem seguros em termos financeiros e têm uma perspectiva negativa em relação ao futuro, publicou a Kyodo News.
O dado mostra que o número de pessoas que passaram por dificuldades financeiras em 2023 aumentou 0,7 pontos percentuais em relação ao ano anterior, num contexto de aumento dos preços, de acordo com a sondagem do Gabinete do governo.
O resultado é o pior desde que o governo iniciou esse tipo de pesquisa, em 2008, querendo saber dos cidadãos sobre as decisões econômicas e sociais no país.
Na última pesquisa foram enviados questionários a 3.000 pessoas com 18 anos de idade ou mais, recebendo respostas válidas de 57,1%.
No que diz respeito às finanças em vários aspectos da vida, 28,6% responderam que as dificuldades estão na criação dos filhos, enquanto 28,2% afirmaram que está difícil para os jovens se tornarem independentes.
O levantamento mostrou ainda que 26,2% observaram que está difícil para as mulheres desempenharem papeis ativos na sociedade, enquanto 25,8% disseram que estão insatisfeitos com o seu ambiente de trabalho.
A pesquisa também levou em conta as áreas em que o Japão está seguindo por uma direção negativa, resultando em aumento da inflação e de preços: 69,4% disseram que estão preocupados com o futuro da economia do país.
No ano passado, o preço ao consumidor subiu 3,1%, contrastando com a queda de 2,5% nos salários reais. Uma pesquisa feita por uma empresa, em novembro, mostrou que 46,1% dos trabalhadores regulares tinham rendimentos duplos, justamente por estarem em dificuldades financeiras.
Uma família média tem renda anual de 7,12 milhões de ienes, o que é um orçamento apertado em comparação com uma família que está estável, com 8,78 milhões de ienes anuais.
Na pesquisa do governo, os pontos positivos também foram apontados, com 25,1% dos entrevistados afirmando que os serviços médicos e de assistência social seguem numa direção satisfatória. Foram citadas também a prevenção de catástrofes (24,1%) e a segurança pública (18,6%).
FONTE: ALTERNATIVA ON LINE