Quase 3 milhões de empregos criados em um ano; metade com carteira assinada
Durante o governo Lula, o emprego continua em movimento de crescimento. Desde maio do ano passado, foram criadas 2.931.000 vagas de trabalho, entre formais e informais. Pouco mais da metade dessas vagas são com carteira assinada: 1.500.000. Os dados são da Pnad Contínua – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios –, do IBGE, divulgada nesta na sexta-feira (28). O levantamento analisou o trimestre móvel entre março e maio.
No trimestre março-abril-maio do ano passado, o número de pessoas com trabalho no Brasil era de 98.400.000. No mesmo período de 2024, está em 101.331.000. Além desse contingente recorde de ocupados, a taxa de pessoas de 14 anos ou mais sem emprego é a menor desde maio de 2014, período que antecedeu o impeachment da presidente Dilma Rousseff: 7,1%.
Outro dado importante: o rendimento médio real das pessoas ocupadas no trimestre encerrado em maio foi de R$ 3.181, sem variação significativa no trimestre, mas crescendo 5,6% na comparação anual. Com as altas do rendimento e da ocupação, a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do País, chegou a R$ 317,9 bilhões, novo recorde da série histórica iniciada em 2012, subindo 2,2% (mais R$ 6,8 bilhões) na comparação trimestral e 9,0% (mais R$ 26,1 bilhões) em 12 meses.
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Segundo a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, o crescimento contínuo da população ocupada tem sido impulsionado pela expansão dos empregados, tanto no segmento formal como informal. “Isso mostra que diversas atividades econômicas vêm registrando tendência de aumento de seus contingentes”, diz. Desse modo, a massa de rendimentos tem se mantido em “patamares elevados devido aos recordes da população ocupada”, como observa Adriana.
Ainda segundo o IBGE, o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 38,326 milhões, novo recorde da série histórica da Pnad Contínua, iniciada 2012. Houve alta de 0,9% (mais 330 mil pessoas) no trimestre e de 4,1% (mais 1,5 milhão de pessoas) no ano.
O número de empregados sem carteira no setor privado (13,7 milhões) também foi novo recorde da série histórica, com altas de 2,9% (mais 383 mil pessoas) no trimestre e de 5,7% (mais 741 mil pessoas) no ano. O número de pessoas com carteira assinada, portanto, foi maior.
Conta própria e setor público
O número de trabalhadores por conta própria (25,5 milhões de pessoas) ficou estável em ambas as comparações, assim como o número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) e o número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões de pessoas).
O número de empregados no setor público (12,5 milhões) cresceu nas duas comparações: 4,3% (517 mil pessoas) no trimestre e 3,9% (mais 469 mil pessoas) no ano.
A taxa de informalidade foi de 38,6% da população ocupada (ou 39,1 milhões de trabalhadores informais) contra 38,7 % no trimestre móvel anterior e 38,9 % no mesmo trimestre móvel de 2023.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.181) não teve variação significativa no trimestre e cresceu 5,6% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 317,9 bilhões) atingiu novo recorde, crescendo nas duas comparações: 2,2% (mais R$ 6,8 bilhões) na comparação trimestral e 9,0% (mais R$ 26,1 bilhões) no ano.
Com informações do IBGE