ONU segue evolução do furacão Beryl que quebrou recordes no Caribe
Nesta segunda-feira, chegada do furacão de categoria 5 no Texas, EUA, deixou mais de 1 milhão de pessoas sem eletricidade; tempestade é considerada a mais perigosa já registrada no Atlântico.
O furacão Beryl atingiu nesta segunda-feira a costa dos Estados Unidos após causar danos no Caribe. Autoridades meteorológicas dizem que a tempestade ganhou força “explosiva” antes de fazer história como o furacão de categoria 5 “mais perigoso já registrado no Atlântico”.
Para a Organização Meteorológica Mundial, OMM, este antecedente é alarmante para o que se espera ser uma temporada de furacões muito ativa, com riscos para toda a bacia. A situação destaca a necessidade de alertas antecipados sobre vários perigos.
Risco de inundações e cortes de energia
As autoridades meteorológicas norte-americanas registraram a chegada do furacão Beryl na costa do estado do Texas, no sul, perto da cidade de Matagorda. Os moradores foram evacuados em meio ao risco de inundações e cortes de energia.
Foi por volta das 4 da manhã, hora local, que o Centro Nacional de Furacões confirmou o movimento da tempestade sobre a terra a cerca de 135 quilômetros a sudoeste de Houston, com ventos máximos constantes de 130 km por hora.
Na região, os moradores protegeram as janelas com tábuas e foram evacuadas as cidades do litoral. Mais de 1 milhão de pessoas ficaram sem eletricidade, segundo relatos de agências de notícias.
As atualizações da OMM têm foco no impacto humanitário e são realizadas por um mecanismo de coordenação apoiado por autoridades suíças, alemãs e austríacas.
© WFP/Fedel Mansour
Intensidade de calor do mar do Caribe
Níveis extremamente altos de calor do oceano estão entre as principais razões que levaram o furacão Beryl a se transformar em um furacão de categoria 5 mais de duas semanas antes de qualquer outro furacão do Atlântico ser registrado.
O cientista da OMM, Philip Klotzbach, contou que a atual intensidade de calor do mar do Caribe é normalmente sentida em meados de setembro.
A região registrou recordes das temperaturas da superfície do mar durante os últimos 14 meses, de acordo com uma observação feita até maio de 2024.
O Atlântico central e oriental tradicionalmente se torna mais ativo em agosto, em parte porque as temperaturas do oceano puderam aquecer e alimentar os sistemas climáticos em desenvolvimento. Normalmente, essas temperaturas não são quentes o suficiente em junho e julho para ajudar na evolução dos sistemas tropicais.
Fortes ventos e inundações costeiras
A OMM alerta ainda sobre um possível cenário de uma temporada de furacões especialmente ativa e perigosa para toda a bacia envolvendo o Atlântico, Caribe e América Central.
O Beryl causou ventos violentos e grandes inundações costeiras ao passar pela região. Na Jamaica, as tempestades fizeram a água do mar subir entre 1,9 e 2,7 metros acima dos níveis normais e os totais de precipitação oscilaram entre 101, 202 mm e até 303 mm.
Nesta semana, o Fundo Central de Resposta a Emergências das Nações Unidas colocou US$ 4 milhões ao dispor de autoridades caribenhas em apoio ao trabalho de resgate de emergência.
FONTE:ONU NEWS