Com planejamento e mobilização social, Brasil volta a levar vacinação a sério
O trabalho em conjunto entre Governo Federal, governos estaduais, municipais e a sociedade contribuíram para o Brasil avançar na vacinação. Foi o que afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante participação no programa Bom Dia, Ministra desta quarta-feira (17/7), transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Nesta semana, um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) sobre imunização infantil no mundo apontou que o Brasil saiu da lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas no mundo.
“É um resultado muito importante e temos que cuidar para avançar, mas já podemos de fato comemorar como país, como sociedade, essa importante conquista. Nós tivemos um aumento na cobertura de 13 das 16 vacinas do nosso calendário de vacinação, fruto de um grande movimento, o Movimento Nacional pela Vacinação que o presidente Lula lançou no ano passado, já num pacto com governadores e com uma atuação muito forte de todos os trabalhadores do Sistema Único de Saúde, na Atenção Básica, na Saúde da Família, envolvendo também a retomada do Zé Gotinha, o nosso grande símbolo da vacinação”, disse a ministra
Em 2021, o Brasil ocupava o 7º lugar nesse ranking e, em 2023, ele não fazia mais parte da lista. Foi justamente no ano passado que 13 das 16 principais vacinas do calendário infantil apresentaram aumento das suas coberturas vacinais em todo o Brasil, se comparadas às coberturas registradas em 2022.
Citando o cuidado com o retorno de algumas doenças, como a poliomielite e o sarampo, Nísia Trindade também falou do trabalho de combate à desinformação sobre as vacinas.
“Desde o ano passado, junto com a Secretaria de Comunicação do Governo Federal, nós temos combatido com uma plataforma, que é o Saúde com Ciência, levando os fatos corretos, mostrando o que há de desinformação, criminosa muitas vezes, em relação a algumas vacinas. Então esse sem dívida é um fator importante, mas o mais importante é o governo dizer: ‘temos que vacinar’. E trabalhar nisso junto todos os níveis de governo, com estados, com municípios e com a sociedade.
“E nós adotamos uma estratégia de planejamento local, vendo as dificuldades de cada região, conversando com gestores locais, mobilizando a sociedade, ou seja, só é possível avançar na vacinação quando nós temos a sociedade integrada também nesse esforço ao lado do governo, e foi isso que aconteceu com as estratégias e fortalecendo também a Saúde da Família. Então é uma estratégia combinada e que leva em conta a força do Sistema Único de Saúde, a sua capilaridade no município, onde se dá a vida das pessoas”, afirmou a ministra da Saúde
Farmácia Popular
A ampliação do Farmácia Popular, que passou a oferecer 95% dos medicamentos e insumos de forma gratuita para toda a população, também foi tema durante o bate-papo com radialistas de várias regiões. Agora, além de remédios para asma, diabetes, hipertensão, osteoporose e anticoncepcionais, a população tem acesso gratuito ao tratamento de colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite.
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A expectativa é de que, pelo menos, 3 milhões de pessoas que já utilizam o programa sejam impactadas, gerando uma economia de até R$ 400 por ano para os usuários.
Também estão disponíveis absorventes gratuitos nas farmácias credenciadas pelo programa. A iniciativa faz parte da campanha Dignidade Menstrual, que distribui o item de higiene a pessoas de baixa renda e inscritas no CadÚnico. “Lembrar que os absorventes higiênicos fazem parte de um programa, e fazem parte da implementação da lei que prevê a dignidade menstrual. Os absorventes não faziam parte do rol de produtos ofertados pelo Farmácia Popular. Então isso é uma introdução já na gestão do presidente Lula. Vocês devem lembrar a polêmica da questão dos absorventes higiênicos e o quanto isso é importante para nós mulheres, para as meninas também. O quanto isso causa de problemas, inclusive a perda de aula”, explicou a ministra.
“Nós já tínhamos a gratuidade para todos os beneficiários do Bolsa Família. Algo que foi instituído o ano passado quando retomamos o programa. Um outro dado que eu considero importante dizer, o Orçamento encaminhado pelo governo anterior previa um corte de 60% no Farmácia Popular, e era essa a media dos cortes em todos os programas importantes para a nossa população. E foi possível também porque houve todo aquele trabalho na transição, com a liderança do presidente Lula antes de assumir, de que fosse revisto o Orçamento e garantido os recursos para os programas sociais, e claro, a sensibilidade do Congresso, que aprovou a chamada emenda da transição”.
“Assim que foi possível fazer não só o Farmácia Popular, mas retomar a vacinação, como deve ser, protegendo a população, a saúde da família, a saúde bucal, todo nosso programa de assistência farmacêutica, que vai além da Farmácia Popular. Enfim, todas as ações que retomamos, e ações novas, como o programa de redução de filas de cirurgias, e agora o mais acesso a especialistas e o SUS digital, colocando o Brasil nessa rota da transição digital que é tão importante em todas as áreas, e é vital para a área da saúde”, disse Nísia
Meu SUS Digital
Em relação à transição digital, a ministra citou a ampliação do aplicativo Meu SUS Digital, que ultrapassou a marca de 30 funcionalidades, ampliando o acesso de toda a população a informações de saúde e serviços pelo celular. Entre as inovações mais recentes estão o registro de atendimentos clínicos realizados nas Unidades Básicas de Saúde, com a possibilidade de avaliar a qualidade da assistência e as condições do estabelecimento.
“O Meu SUS Digital é para que a cidadã e cidadão possam ter esse aplicativo e estar atualizado sobre o Farmácia Popular, sobre a vacinação, avaliar o atendimento na Unidade Básica de Saúde. É o nosso canal com a brasileira, com o brasileiro, que possa estar bem informado sobre todos os programas do Ministério da Saúde, sobre aquilo que ele mais precisa, e assim poder se organizar melhor do ponto de vista da sua saúde”, disse.
Segundo Nísia, a iniciativa faz parte da estratégia do Ministério da Saúde para a transformação digital do SUS. “O Programa SUS Digital tem duas vertentes. Uma é a integração de dados e o acesso aos dados pelo cidadão, pelo gestor, integrando dados também, para que nós possamos ter uma noção de como está a saúde da população, de como está a vacinação, como está funcionando o Mais Médicos, dados de nascimento, dados de doenças, dados de programas de saúde, tudo isso podendo hoje ser integrado de uma forma bem qualificada. O outro pilar é diretamente ligado à qualidade da assistência à saúde”, disse Nísia.
Nesse sentido, a telessaúde é uma das ações que permite ampliar o acesso a diagnósticos e consultas especializadas. Nos últimos dois anos, foram realizadas 4,6 milhões ações de telessaúde (teleatendimento e telediagnóstico).
Desde o ano passado, os núcleos de telessaúde aumentaram de 10 para 24, localizados no Acre, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
Além disso, por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em torno de 10 mil Unidades Básicas de Saúde serão conectadas até 2026, com mesmos critérios de expansão do SUS Digital, que prioriza regiões remotas e vulnerabilidade.
O enfrentamento das desigualdades é um dos princípios do SUS Digital, por isso, levar as ações e serviços de saúde por meio da transformação digital para populações vivendo em regiões remotas e vulneráveis atende a uma prioridade do Governo Federal. Como parte desta estratégia, neste ano, o Ministério da Saúde implantou o primeiro ponto de telessaúde em um território quilombola, no Pará, que vai beneficiar a comunidade do Quilombo Boa Vista, como citou a ministra.
“O primeiro quilombo reconhecido no Brasil, com a sua terra devidamente reconhecida, lá está funcionando a telessaúde, o atendimento de especialistas àquela população. É um trabalho que aponta para o futuro da saúde, para o bom uso das tecnologias digitais a favor da saúde da população, e faz parte da estratégia geral do Governo Federal de ter a transição digital e o uso desses recursos como recursos para a cidadania”, afirmou a ministra da Saúde
Segundo Nísia, a iniciativa faz parte da estratégia do Ministério da Saúde para a transformação digital do SUS. “O Programa SUS Digital tem duas vertentes. Uma é a integração de dados e o acesso aos dados pelo cidadão, pelo gestor, integrando dados também, para que nós possamos ter uma noção de como está a saúde da população, de como está a vacinação, como está funcionando o Mais Médicos, dados de nascimento, dados de doenças, dados de programas de saúde, tudo isso podendo hoje ser integrado de uma forma bem qualificada. O outro pilar é diretamente ligado à qualidade da assistência à saúde”, disse Nísia.
Nesse sentido, a telessaúde é uma das ações que permite ampliar o acesso a diagnósticos e consultas especializadas. Nos últimos dois anos, foram realizadas 4,6 milhões ações de telessaúde (teleatendimento e telediagnóstico).
Desde o ano passado, os núcleos de telessaúde aumentaram de 10 para 24, localizados no Acre, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
Além disso, por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em torno de 10 mil Unidades Básicas de Saúde serão conectadas até 2026, com mesmos critérios de expansão do SUS Digital, que prioriza regiões remotas e vulnerabilidade.
O enfrentamento das desigualdades é um dos princípios do SUS Digital, por isso, levar as ações e serviços de saúde por meio da transformação digital para populações vivendo em regiões remotas e vulneráveis atende a uma prioridade do Governo Federal. Como parte desta estratégia, neste ano, o Ministério da Saúde implantou o primeiro ponto de telessaúde em um território quilombola, no Pará, que vai beneficiar a comunidade do Quilombo Boa Vista, como citou a ministra.