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Perigo de insolação também pode estar em piscinas, diz especialista

 Muita gente está se refrescando nos rios ou no mar, para afastar o calor extenuante. Alguns vão para as piscinas. Mas especialistas alertam que mesmo no ambiente controlado das piscinas há risco de as pessoas serem afetadas pela insolação, publicou a Jiji Press.

Por duas semanas consecutivas mais de 10.000 pessoas precisaram ser levadas aos hospitais com sintomas de insolação, sendo que 60% eram idosos, segundo a Agência de Gestão de Incêndios e Desastres do Ministério da Administração Interna e das Comunicações.

O Centro de Promoção Esportiva do Japão, em Shinjuku, Tóquio, informou que 179 pessoas em todo o país sofreram com os sintomas de insolação em piscinas de escolas primárias e secundárias de 2013 a 2017.

No ano passado, seis alunos da quarta série foram levados às pressas para o hospital com sintomas de insolação após uma aula de natação em uma escola primária no distrito de Inage, na cidade de Chiba, na província de mesmo nome.

Como consequência, muitas escolas do país estão cancelando o uso de piscinas para aulas para evitar casos de insolação.

O distrito de Edogawa, em Tóquio, cancelará, em princípio, as aulas de educação física ao ar livre, incluindo aquelas em piscinas, se for emitido um alerta de insolação.

Na cidade de Oyabe, província de Toyama, três escolas primárias da cidade decidiram não abrir suas piscinas durante as férias de verão.

O professor Kei Nagashima, da Universidade de Waseda, especialista em insolação, explica o que acontece: “Os seres humanos regulam a temperatura corporal suando e evaporando a umidade. No entanto, na água, não conseguimos liberar o calor pelo suor, o que impede a regulação normal da temperatura corporal.”

Nagashima acrescenta que, especialmente quando a temperatura da água sobe para 33-34 graus Celsius ou mais, a diferença de temperatura entre o corpo e a água diminui, dificultando a dissipação do calor do corpo. Como resultado, o calor fica retido no corpo, aumentando o risco de insolação.

Conforme o especialista, outro problema é que as pessoas têm menos probabilidade de sentir sede debaixo d’água e podem facilmente ficar desidratadas. E alerta: “Quando você se exercita, você sempre transpira, por isso é importante beber água com frequência e fazer pausas em um local fresco.”

Foto: iStockphoto

FONTE: ALTERNATIVA ON LINE

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