Exame para carteira de motorista Classe 2 em 20 idiomas disponível em todo Japão
A partir deste mês, os departamentos de polícia de todo o país poderão realizar o exame escrito para a carteira de motorista Classe 2 necessária para dirigir táxi ou ônibus, em 20 idiomas.
O objetivo é aumentar o número de motoristas estrangeiros à medida que a escassez dessa categoria aumenta.
Em março, o governo decidiu em uma reunião de gabinete adicionar o transporte de automóvel ao visto de residência de Trabalhador Qualificado Específico, que permite a aceitação de trabalhadores estrangeiros numa base de médio a longo prazo. O governo planeja aceitar até 24,5 mil motoristas de táxi, ônibus e caminhão durante o período de 5 anos, até 2028.
Em resposta aos apelos da indústria para apoio multilingue, a Agência Nacional de Polícia do Japão (NPA) decidiu ampliar o leque para 20 idiomas, a fim de facilitar os exames escritos para a licença da Classe 2. Desde março, os departamentos de polícia de diversas regiões começaram a implementar o suporte multilíngue e, a partir do dia 6 deste mês, todos os departamentos de polícia das 47 províncias tornaram possível a realização do teste em 20 idiomas.
Escassez de motoristas de táxi
De acordo com o Ministério da Terra, Infraestruturas, Transportes e Turismo do Japão (MLIT), o número de motoristas de táxi era de aproximadamente 240 mil no final do ano fiscal de 2022, uma queda de 40% em relação aos aproximadamente 400 mil no final do ano fiscal de 2010.
Em meio à falta de mobilidade de moradores locais e turistas, a NPA determinou que é necessário criar um ambiente que facilite a obtenção de carteira de motorista Classe 2 para estrangeiros.
Para permitir a realização da prova em outros idiomas além do japonês, foram selecionados 20 idiomas, principalmente da Ásia, com base na situação atual dos estrangeiros residentes no país. Até o final de julho, 992 pessoas em todo o país fizeram o exame em língua estrangeira e 408 delas foram aprovadas.
20 idiomas, incluindo o português
No futuro, será importante criar um ambiente em que os motoristas de táxi aprendam não só a etiqueta de atendimento ao cliente e as técnicas de condução, mas também como responder a emergências, como acidentes e avarias. No setor de táxis, das cerca de 17 mil empresas em todo o país, mais de 80% possuem menos de 30 veículos.
Hirokazu Kato, professor da Universidade de Nagoia e especialista em políticas de transporte público, disse: “É um fardo pesado para os pequenos operadores estabelecerem os seus próprios sistemas de formação. É importante que o governo dê apoio e que toda a indústria trabalhe na formação dos motoristas”.
Os 20 idiomas são: português, espanhol, inglês, persa, coreano, chinês, russo, tailandês, tagalo, vietnamita, indonésio, kumar, nepalês, birmanês, mongol, ucraniano, cingalês, urdu, árabe e hindi.
FONTE: PORTAL MIE