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Cadastro da Demanda Habitacional criado em 2023 já tem 3.112 famílias aguardando na fila de espera

Iniciativa não garante e nem promete novas habitações em Marília, porém retém dados e documentos e apura o perfil dos compradores para auxiliar futuros empreendimentos

O Cadastro da Demanda Habitacional de Marília, registrou 3.112 famílias interessadas em apenas 11 meses, reflete o crescente déficit habitacional da cidade.

Uma iniciativa da Prefeitura de Marília em novembro do ano passado criou um mecanismo de apuração da real demanda habitacional no município, com direito a coleta de documentos e inscrição de interesse em futuros empreendimentos, mas sem a vinculação a algum empreendimento ou garantia de entrega.

O cadastro é destinado prioritariamente ao levantamento da demanda habitacional do município de Marília e poderá ser utilizado em empreendimentos habitacionais futuros, segundo a página oficial.

Todas as faixas de renda serão aceitas. Mas para cadastro de baixa renda (renda familiar bruta de até R$2.640,00) é obrigatória a informação do número do NIS de todos membros da família.

Eventuais irregularidades no

Cadastro Único vão invalidar a inscrição para habitação e só serão válidos para empreendimentos habitacionais futuros os cadastros de quem residir no município há no mínimo três anos.

A validação também exige morador que nunca tenha sido contemplado por Programa Habitacional em todo território brasileiro.

Para se cadastrar é necessário ter 18 anos completos na data do cadastramento. O cadastramento é pela internet, no site da prefeitura.

FAVELAS

Um estudo do governo federal indicou que Marília está entre as 1.942 cidades do Brasil com risco de desastre ambiental, suscetíveis a deslizamentos, enchentes e outras tragédias.

Segundo o levantamento, na cidade, existem 11.499 dos 237 mil moradores em risco de deslizamento, enxurrada e inundação.

A situação é reflexo da histórica carência de políticas habitacionais para famílias de baixa renda. Há mais de 30 anos, a cidade enfrenta dificuldades em garantir moradia adequada para essa parcela da população. Em 2010, o Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS) identificou 23 favelas em Marília.

Treze anos depois, uma nova análise em 2022, revisada em 2023, indicou que apenas quatro dessas favelas foram removidas: Jânio Quadros, Vila Altaneira, Linhão e Jardim Universitário. Ainda persistem 19 favelas (assentamentos subnormais) com um total de 1.253 moradias. As maiores delas são Argolo Ferrão, com 208 moradias, e Vila Barros, com 292. Destes 19 assentamentos, 11 estão localizados em áreas de risco e 9 em áreas de itambés, de proteção ambiental permanente.

FONTE: JC MARÍLIA

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