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34% dos sistemas de esgoto no Japão estarão obsoletos em 15 anos

O colapso de uma via na cidade de Yashio (Saitama) focou a atenção das autoridades no estado da infraestrutura subterrânea das cidades, como é o caso dos sistemas de esgoto. Mas a preocupação vai além, abrangendo também o estado de túneis e pontes.

Em Tóquio, o sistema de tratamento de esgoto nos seus 23 distritos é dividido em 10 áreas.

Caso ocorra uma ruptura no sistema de esgoto perto de uma estação de tratamento na parte leste dos distritos, o que incluiria Setagaya, Meguro, Shinagawa e Ota, poderia afetar cerca de 2 milhões de habitantes, publicou a TBS News.

O acidente de Saitama torna praticamente obrigatória a inspeção regular e o reparo nas instalações de esgoto.

O comprimento total de canos de esgoto hoje no Japão chega a aproximadamente 490.000 quilômetros, o suficiente para circundar a Terra 12 vezes.

A vida útil estimada desses canos é de cerca de 50 anos.

O problema é que muitos deles foram instalados durante o período de rápido crescimento econômico. Mesmo que tenham mais de 50 anos, 8% não foram reparados. Então, até 2040, esse número será de 34%.

Mas a deterioração não se resume aos sistemas de esgoto.

Dentro de 15 anos, 52% dos túneis e 75% das pontes no país terão chegado ao fim de sua vida útil.

O professor Yuji Nemoto, da Escola de Pós-Graduação da Universidade de Toyo, fez um cálculo: “Segundo estimativas, custaria 6,6 trilhões de ienes por ano para renovar toda essa infraestrutura quando chegasse a hora da renovação, e seria impossível continuar mantendo tudo isso.”

Uma solução dada pelo professor é trabalhar com uma infraestrutura reduzida, isto é, manter os sistemas de esgoto em áreas mais populosas, e instalar fossas sépticas de tratamento combinado nas casas em regiões com menor densidade populacional.

Para Nemoto, isso eliminaria a necessidade de manutenção e atualização da rede que há muito tempo se estende a essas áreas pouco povoadas, resultando em economias de custos significativas.

No caso de pontes, uma solução é priorizar o reparo e renovação das mais importantes, e remover as que recebem pouco tráfego.

A cidade de Toyama, na província de mesmo nome, por exemplo, já vem realizando uma triagem das pontes desde 2016, e a prefeitura local espera reduzir os custos em cerca de 73 bilhões de ienes nos próximos 50 anos.

Foto: iStockphoto

FONTE: ALTERNATIVA ON LINE

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